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Vereador Paulo Henrique, blogueira e DJ
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu o arquivamento das investigações contra o DJ Éverton Detona, da influencer Stheffany Xavier e mais quatro alvos da Operação Ragnatela, que investigou um esquema que lavou dinheiro de uma fação por meio de shows e casas noturnas em Cuiabá.
A operação foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 05 de junho deste ano. A investigação revelou que a facção comprou o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro oriundo de práticas criminosas. No espaço eram realizados shows de artistas nacionais custeados pela facção.
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Lideranças da organização e outros envolvidos já foram denunciados pelas práticas criminosas. Entretanto, a influenciadora, o DJ, além de Antidia Tatiane Ribeiro, Danilo Lima de Oliveira, Renan Diego Santos Josetti, Vinicius Pereira da Silva e o vereador por Cuiabá Paulo Henrique (MDB), não foram. No caso do vereador, ele segue investigado em inquérito separado.
Com isso, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, questionou o MP sobre a situação.
Em resposta, o promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Adriano Roberto Alves, explicou que o inquérito não comprovou relação entre eles com os integrantes da facção.
“Destarte, a investigação realizada não foi suficiente para trazer aos autos conteúdo probatório mínimo a corroborar que os investigados tivessem pleno conhecimento do envolvimento da referida Facção Criminosa nos eventos produzidos, ao passo que não se pode deduzir que, somente por integrarem o grupo G12, todos tivessem total conhecimento da sociedade firmada entre alguns denunciados e da prática ilícita relacionada a tal empreitada”, diz trecho do documento.
“Nesse ínterim, o MP se manifesta pelo arquivamento das investigações relacionadas aos investigados não abarcados pela denúncia oferecida nestes autos, salvo se já forem objeto de investigação complementar pela autoridade policial”, acrescenta o promotor.
Vereador Paulo Henrique
Já em relação ao vereador, o promotor anotou que a investigação referente aos agentes públicos alvos continuam em inquérito separado por conta da complexidade dos delitos perpetrados.
No inquérito, foi apontado que o parlamentar utilizou de seu cargo público para conseguir licenças ambientais junto ao Município de Cuiabá, para realização dos eventos realizados pelo grupo criminoso. Para tal, ele teria recebido recursos financeiros.
“Por fim, no tocante ao investigado PAULO HENRIQUE DE FIGUEIREDO MASSON, a autoridade policial informou que os agentes públicos continuam sendo investigados em autos apartados, em razão da complexidade dos delitos perpetrados, motivo pelo qual Paulo Henrique não foi indiciado no Inquérito Policial que ensejou a presente Ação Penal”.
FONTE : ReporterMT