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EUA: “Síndrome” misteriosa é registrada perto da Casa Branca

Dois funcionários do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (NSC, na sigla em inglês) foram atingidos por uma doença misteriosa no final de 2020. As informações, reveladas recentemente, fazem parte de uma apuração instalada para determinar o que está por trás desses incidentes.

De acordo com informações divulgadas pela CNN americana, os episódios ocorreram em novembro de 2020, um deles no dia seguinte à eleição presidencial e o outro algumas semanas depois. Os casos são consistentes com uma série inexplicável de experiências sensoriais e sintomas físicos que adoeceram mais de 100 diplomatas, espiões e soldados norte-americanos em todo o mundo.

A comunidade de inteligência ainda não tem certeza de quem está causando a estranha série de sintomas do sistema nervoso, que passou a ser conhecida como “Síndrome de Havana”, ou se eles podem ser definitivamente chamados de “ataques”. A tecnologia que possa estar causando esse conjunto inconsistente de sintomas também é algo que está sendo discutido.

O primeiro incidente ocorreu no dia 4 de novembro de 2020, quando o funcionário do NSC estava tentando passar por um portão sem guardas próximo ao Ellipse, de acordo com uma fonte com conhecimento direto do incidente. Essa pessoa apresentou apenas sintomas leves após o encontro, incluindo dores de cabeça e insônia, que desapareceram após uma semana.

O segundo caso aconteceu semanas depois perto de uma entrada para os jardins da Casa Branca, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto relataram à CNN americana. Esse segundo funcionário apresentou sintomas mais graves e precisou de tratamento médico imediato.

Os dois incidentes no centro de Washington, juntamente com um caso suspeito registrado no norte da Virgínia em 2019, levantaram preocupações de que episódios dessa ordem estejam ocorrendo agora em números crescentes dentro do país.

Após os ocorridos, o governo Biden intensificou drasticamente os esforços para “identificar a causa desses incidentes, determinar a atribuição, intensificar a coleta de dados e prevenir” o que a comunidade de inteligência agora chama de “incidentes de saúde anômalos”, revelou um porta-voz do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional, em um comunicado na terça-feira (18).

Por enquanto, o governo identificou e realizou com sucesso um exame de sangue que pode apontar alguns marcadores, de acordo com duas autoridades americanas com conhecimento direto do assunto. Esse teste está entre as ferramentas diagnósticas usadas em casos recentes de oficiais de inteligência que relataram sintomas consistentes com a “Síndrome de Havana”.

Junto aos exames, os funcionários que relatam esses sintomas são examinados de perto para confirmar se os seus sintomas são físicos ou psicossomáticos. Mas responsáveis pela investigação apontam que “o problema é encontrar as explicações definitivas para essa série de episódios”.

– Não temos a prova cabal – completou um dos envolvidos na investigação.

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