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O filho do ex-governador e ex-deputado federal Carlos Bezerra está preso no presídio Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
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O filho do ex-governador e ex-deputado federal Carlos Bezerra está preso no presídio Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) solicitou à Justiça que o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos, assassino de Thays Machado e do namorado dela, Willian César Moreno, seja transferido à Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. O filho do ex-governador e ex-deputado federal Carlos Bezerra está preso no presídio Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande.
Conforme o requerimento assinado pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, a cadeia em Várzea Grande não teria estrutura médica adequada para Carlinhos, que tem diabetes.
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“O estabelecimento Penal onde o réu se encontra hospedado não tem estrutura nem mesmo para realização do atendimento médico, por estar sem profissionais da área, a defesa vem, novamente a Juízo requerer”, diz trecho do documento.
Entretanto, no pedido, o promotor destaca que a defesa de Carlinhos, patrocinada pelo advogado Francisco Faiad, foi quem pediu para o empresário ficasse detido no Ahmenon Lemos Dantas.
“A pergunta que se faz agora é, escolheu esse estabelecimento sabendo que não tinha estrutura do presídio central exatamente para alegar isso em seu benefício?”, questionou o promotor.
“Que seja determinada a transferência do requerente para um dos presídios com maior estrutura, preferencialmente a PCE, bem como sejam ratificadas as determinações anteriores para avaliação acerca da imprescindibilidade e urgência (se são ou não imprescindíveis e urgentes) das cirurgias cogitadas, bem como sobre a possibilidade de realização dentro da própria estrutura do sistema penal, cabendo ao departamento médico decidir se tais cirurgias podem ser realizadas dentro da estrutura posta a serviço do sistema prisional ou se necessita que seja promovida em clínicas independentes”, completou Romaquelli.
O representante do MP ressalta que caso seja necessária a realização de cirurgias fora do sistema prisional, que seja autorizada a escolta do preso, deixando os agendamentos e datas de deslocamento a serem feitos pelo sistema prisional, para realização dos exames prévios e das cirurgias propriamente ditas.
Relembre o caso
Carlos foi preso no dia 18 de janeiro, após matar a ex-convivente Thays Machado, e o namorado dela, Willian Moreno, no bairro Consil, em Cuiabá.
O empresário não aceitava o fim do relacionamento com a advogada e a perseguia de forma insistente há mais de um ano.
Os assassinatos aconteceram em frente ao edifício Solar Monet, onde mora a mãe de Thays. Carlos Alberto chegou em um Renault Kwid, parou e efetuou vários disparos contra as vítimas. Cinco horas após o crime, ele foi capturado na fazenda da família, em Campo Verde.
Em novembro, a Justiça concedeu prisão domiciliar a Carlinhos, devido ao quadro de saúde, porém ele descumpriu as medidas impostas e acabou voltando ao presídio.
“Chegou ao nosso conhecimento, também, Excelência, que no período em que esteve tornozelado cumprindo prisão domiciliar, o réu fez diversos deslocamentos não autorizados pelo juízo, inclusive comparecendo a supermercados da cidade, ladeado por segurança armados, representando uma afronta à justiça e à sociedade, e uma ameaça aos familiares e testemunhas do processo“, denunciou promotor à época.
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FONTE : ReporterMT