O acordo prevê a liberação de dinheiro em forma de empréstimo, a ser pago com os juros gerados pelos U$ 300 bilhões em ativos russos congelados em bancos europeus. Os Estados Unidos lideraram a iniciativa para liberar os fundos para o empréstimo. No entanto, espera-se que outros países aliados, incluindo membros da União Europeia, contribuam com parte dos recursos.
O papel dos Estados Unidos na negociação do empréstimo
O compromisso assumido pelos países do G7 na Itália ocorreu após uma longa negociação dos EUA para convencer os seus aliados sobre a utilização dos ativos russos congelados em bancos ocidentais. A lentidão do processo se deve a que muitos líderes europeus estavam preocupados com a legalidade do procedimento e também uma possível retaliação por parte da Rússia.
A secretária do Tesouro Americano, Janet Yellen, vinha há meses tentando angariar apoio entre os países do G7 sobre a questão. Em um artigo de opinião publicado recentemente no New York Times, ela defendeu a criação de uma fonte confiável de financiamento para a Ucrânia
“À medida que a Rússia continua a avançar para uma posição de guerra permanente e a Ucrânia enfrenta um déficit de financiamento futuro considerável, Putin aposta na espera pelo fim da coligação entre os países aliados, até que a Ucrânia fique sem dinheiro e sem balas”, escreveu ela.
Logo após o anúncio do empréstimo nesta quinta, Yellen disse, desde um evento em Nova York, que o acordo do G7 demonstra ao presidente russo que os aliados ocidentais estão “completamente unidos” em apoio à Ucrânia.
noticia por : UOL