Há dois meses, relatório da Controladoria Geral da União constatou que 80% de uma estrada pavimentada graças a uma emenda de Juscelino beneficiou propriedades dele e de seus familiares na cidade maranhense de Vitorino Freire. Coisa de R$ 7,5 milhões. Dinheiro da Codevasf, uma estatal convertida em ninho de perversões do centrão desde a gestão Bolsonaro.
Intimado pela PF a se explicar, Juscelino não conseguiu diluir a suspeição. O ministro se diz “perseguido”. Em nova evidência de que não perde a oportunidade de perder oportunidades, Lula deu de ombros, mantendo o auxiliar no cargo. A sobrevida concedida a Juscelino é insultuosa, inútil e desmoralizante.
O insulto decorre do fato de que o contribuinte não merece a presença de um indiciado por desviar verbas públicas nas cercanias do cofre. A inutilidade fica evidente porque o União Brasil, partido de Juscelino, não entrega os votos que o governo reivindica no Congresso. A desmoralização cresce à medida que a presença do suspeito no governo vai se convertendo num processo de aviltamento da autoridade presidencial.
noticia por : UOL