Segundo o pastor, a Reino não é um negócio religioso “voltado para a extorsão e para o lucro”. A congregação acredita que, ao estimular pessoas para, voluntariamente, contribuírem por generosidade, está viabilizando que a mesma força seja aplicada para reverter os recursos em bem-estar para as pessoas que frequentam a Igreja.
Café e soda italiana se tornaram alvos para crítica de pessoas que não conhecem, mas elas não mostraram o quadro completo. As cadeiras são confortáveis. O ar condicionado é bom. Os banheiros são limpos, sempre tem papel, tem o melhor sabão que podemos dar. Tratar as pessoas bem e usar os recursos da Igreja para isso, em uma cultura de excelência, só é matéria de deboche quando o que impera coletivamente na bolha do escárnio é uma predisposição para o preconceito religioso.
Eduardo Reis
Sobre os termos em inglês, os quais são parte da identidade cultural da igreja, o pastor diz que muitas pessoas no Brasil usam roupas e consomem mídias em inglês, tornando natural a escolha. Ele lembra que, não obstante os dialetos que circulavam no Império Romano no primeiro século, a Igreja do período proto cristão (primórdios do cristianismo) utilizou o grego como língua para se expressar para mais pessoas. Dessa maneira, ele acredita que a Reino faz o mesmo quando seus membros se expressam em inglês, espanhol e português.
Se não estivéssemos crescendo, ninguém falaria nada. Até acho que dizer que a gente é cringe, tudo bem. Mas debochar de nossa expressão de fé como meio de engajamento só revela como quem o faz é oportunista e se aproveita de um mundo cada vez mais doente, que precisa rir do que acha estranho. Para mim, isso é tão violento quanto acusar um terreiro de candomblé de comercializar a fé porque quem os visita são artistas. Ou de dizer que a parada LGBTQIA+ é apenas um evento de entretenimento, quando ela é mais do que um evento com música e festa, é a defesa do legítimo direito de existir de um grupo que tem uma identidade.
Eduardo Reis
Ao ser perguntado sobre os planos de expansão da igreja, Reis afirmou que seu crescimento será orgânico e não planejado. E aproveitou para refutar as críticas de que a Reino seria uma igreja “voltada para os brancos”, como sugeriram alguns internautas. “Temos a diversidade da cidade representada na nossa membresia. Estamos no sul do país, localidade de maioria branca. Mas eu, o pastor sênior, sou negro. Quando nos acusam, dizendo que somos uma igreja de brancos, isso soa muito mal entre nós, porque grande parte dos nossos pastores é negra, bem como grande parte de nossos líderes. Além disso, prezamos pela paridade de gênero, pois as mulheres não são subalternas, nem podem ser invisibilizadas ou inseridas em uma condição de servilismo”, declarou.
noticia por : UOL