GAZETA DIGITAL
Allan Mesquita
Levantamento realizado pelo Sindicato Intermunicipal dos Empregados do Comércio de Bares de Mato Grosso (Sindecombares-MT) revelou que 814 trabalhadores do setor perderam o emprego nos últimos 60 dias, em Rondonópolis (217,4 km). De acordo com entidades do município, as demissões em massa foram alavancadas pelos impactos econômicos causados pela covid-19 e as medidas restritivas impostas por determinação do decreto estadual.
“Tivemos várias reuniões no paço municipal e pudemos ver vários depoimentos principalmente da classe de bares, restaurantes, lanchonetes e conveniência. Foram vários relatos de demissões, várias pessoas passando necessidade e passando fome”, destacou o presidente da CDL de Rondonópolis, Thiago Sperança.
Nesta terça-feira (14), o prefeito José Carlos do Pátio (SD) flexibilizou o funcionamento dos estabelecimentos, que poderão abrir as suas portas de segunda a sábado até as 20h. A decisão partiu do Comitê de Gestão de Crise após o município cair na do nível “Muito Alto” para “Alto”na classificação de risco de contaminação do Estado.
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Os bares, restaurantes e similares foram autorizados a retomarem suas atividades de segunda a sábado até às 20h e, e no domingo até às 14h. Os empreendimentos devem obedecer ao distanciamento de 1,5 m entre as mesas e 30% da taxa de ocupação.
Na semana passada, o chefe do Executivo também revogou o decreto da “lei seca”, que proibia a venda e venda de bebidas alcoólicas nos empreendimentos da cidade. Apesar do afrouxamento das medidas, os empresários ainda temem novas restrições por conta da alta taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Peço encarecidamente aos secretários de saúde do nosso Estado que reveja o porque essas UTIs não estão sendo entregues. Veja urgentemente para que esses 20 leitos comecem a funcionar. Desta forma vamos resolver vários problemas. Rondonópolis é uma cidade pólo e nós estamos atendendo mais de 21 municípios”, finalizou Sperança.
Mato Grosso
De acordo com a empresária Lorenna Bezerra, presidente Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Mato Grosso (Abrasel-MT), a situação não é diferente em outros municípios. Ela afirma que mais de 40 mil trabalhadores já estão desempregadas no Estado.
“Não tem como ficar assim, serão mais de 40 mil desempregados no setor de alimentação fora do lar somente no do período noturno. Mato Grosso vai sentir esse esse desemprego. E eu te pergunto: como é que nós vamos resolver isso?”, questionou.