As espetaculares auroras polares vistas no céu em várias partes do mundo durante o fim de semana estão desaparecendo, conforme a enorme tempestade solar que as causou se afasta da Terra, indicaram cientistas nesta segunda-feira (13).
Desde a última sexta (10), a tempestade solar mais poderosa a atingir nosso planeta em mais de duas décadas ilumina os céus à noite com cores impressionantes nos Estados Unidos, Tasmânia, Bahamas e outros lugares distantes das latitudes extremas onde normalmente são observadas.
Mas o astrofísico Eric Lagadec, do Observatório da Costa Azul da França, disse à AFP que o período “mais espetacular” desse raro fenômeno já chegou ao fim.
A primeira de diversas ejeções de massa coronal, expulsões de plasma e campos magnéticos do Sol, ocorreu na sexta (10), segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), dos EUA.
Inicialmente, esperava-se que o evento fosse classificado como G4 (severo), em uma escala que cinco níveis, que vai de G1 (menor) até G5 (extremo).
Ainda na sexta, a tempestade geomagnética foi considerada extrema, a primeira desde as “tempestades de Halloween” de 2003, que desencadearam apagões na Suécia e danificaram a infraestrutura elétrica na África do Sul.
O entusiasmo com o fenômeno —e por fotos com céus noturnos rosas, verdes e roxos— foi grande em todo o mundo, da Áustria à Argentina, passando por Estados Unidos, Rússia e Nova Zelândia.
Estava previsto que a tempestade se intensificaria de novo até as 3h de Brasília desta segunda (13), segundo a NOAA. Porém, milhares de pessoas que saíram no domingo à noite na esperança de presenciar a aurora boreal na Califórnia, viram, em vez disso, a Via Láctea.
Lagadec afirmou que, ainda que novas descargas solares tenham ocorrido no domingo, é pouco provável que mais auroras possam ser vistas a olho nu em latitudes mais baixas. Só fotógrafos mais experientes conseguirão capturá-las nessas áreas, de acordo com o astrofísico.
A tempestade solar teve origem em um enorme acúmulo de manchas solares que é 17 vezes mais largo que a Terra.
A tempestade não terminou, mas sua origem é uma mancha que agora está na beira do Sol e, segundo Lagade, não é esperado que as próximas ejeções de massa solar tenham como direção a Terra.
noticia por : UOL