“Os habitantes de Gaza continuam sendo atingidos por bombas, doenças e até mesmo pela fome. E hoje, eles foram informados de que devem se mudar mais uma vez, à medida que as operações militares israelenses em Rafah aumentam”, disse.
“Isso é desumano. É contrário aos princípios básicos das leis internacionais humanitárias e de direitos humanos, que têm a proteção efetiva de civis como sua principal preocupação”, afirmou.
Segundo ele, realocar à força centenas de milhares de pessoas de Rafah para áreas que já foram destruídas e onde há pouco abrigo e praticamente nenhum acesso à assistência humanitária necessária para sua sobrevivência “é inconcebível”. “Isso só os exporá a mais perigo e miséria”, alertou.
Durante a noite, pelo menos 26 palestinos em Rafah foram mortos, a maioria crianças e mulheres. Nesta segunda-feira, duas passagens para Rafah foram fechadas, interrompendo completamente o fluxo de ajuda humanitária.
Para ele, uma nova ofensiva não é a solução. “As lições dos últimos sete meses de conflito em Gaza são claras – com mulheres e crianças representando mais de 70% dos mais de 120 mil mortos, feridos e desaparecidos. Chega de mortes”, disse.
O chefe de Direitos Humanos da ONU insiste sobre a necessidade de um cessar-fogo. “A ajuda humanitária deve poder fluir livremente e em escala. E os reféns e as pessoas detidas arbitrariamente devem ser libertados imediatamente.”
noticia por : UOL