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Secretário prometeu “notificação pesada” para empresas do consórcio do BRT.
APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo Padeiro, disse nessa quinta-feira (02), que não está satisfeito com o andamento das obras do BRT em Cuiabá e que deve enviar uma “notificação pesada” para o consórcio responsável pela obra.
BRT é uma sigla para Bus Rapid Transit, modal escolhido pelo Governo do Estado para substituir o VLT (veículo leve sobre trilhos), que deveria ter sido implantado em Cuiabá e Várzea Grande para a Copa do Mundo de 2014, sediada pelo Brasil.
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“Dizer para você que eu estou satisfeito eu estaria mentindo. Agora, vai sair uma notificação pesada para o Consórcio e eles vão ter que se virar”, disse o secretário em conversa com a imprensa.
O secretário vai na mesma direção do que havia dito o governador Mauro Mendes (União) na semana passada, quando pontuou a possibilidade de romper os contratos com o Consórcio Construtor BRT Cuiabá, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda.
“Não estão me agradando, o prazo não está me agradando. E nós estamos apertando as empresas para que cumpram o contrato e que entreguem dentro do cronograma pactuado”, disse Mauro na ocasião.
Padeiro explicou que a obra está um ano atrasada em razão das tentativas da Prefeitura de Cuiabá de impedir, na Justiça, o início dos trabalhos na Capital. Somente em abril do ano passado, por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), as obras puderam ter início na Av. Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA).
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“Eu colocava gente para fazer projeto e o amarelinho (agente da Semob de Cuiabá) ia lá e falava que não podia fazer projeto. Você lembra? Então eu fiquei um ano, um ano segurando o problema dentro da cidade de Cuiabá”, disse.
Agora, passada a fase da briga judicial com as autoridades municipais da Capital, chegou o momento de o Governo do Estado cobrar dos empreiteiros o que foi estabelecido em contrato.
“Tudo que estava programado para ele (o consórcio) nos entregar em um ano, eu estou cobrando agora. Então agora chegou a hora da verdade”, concluiu o secretário.
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Na semana passada, quando falou sobre o assunto, o governador deixou claro que se fosse necessário, rescindiria o contrato. “Nós vamos cumprir o contrato e se a pena for a rescisão, nós vamos rescindir como já fizemos com vários empreiteiros que não cumpriram com o prazo, não cumpriram com qualidade”, disse.
FONTE : ReporterMT