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Padre que sobreviveu a atentado em Peixoto
THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O padre José Roberto, que estava na casa em que Inês Gemilaki e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz mataram duas pessoas no último domingo (21), em Peixoto de Azevedo (671 km de Cuiabá), contou que a pistoleira conhecia e mantinha relacionamento próximo com uma das pessoas que ela matou.
Em entrevista para o programa “Encontro”, da Rede Globo, o padre contou que a criminosa chegou a emprestar dinheiro com Pilson Pereira da Silva, que tinha fazenda vizinha à dela e tinha a ajudado quando ela ficou viúva.
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“Ela conhecia muitas pessoas que estavam ali. Eu nunca tinha visto ela, mas outros sim. Inclusive, eu sei que uma das vítimas conhecia e mantinha relacionamento próximo. Ele chegou a ajudar ela várias vezes, principalmente financeiramente. Ele emprestou uma grande quantia de dinheiro para ela há pouco tempo atrás”, explicou o padre.
Na entrevista, o padre ainda contou que está atormentado com o acontecido e descreveu o local do crime como uma cena de terror.
“Quanto mais o tempo passa, as horas vão passando, tudo fica ainda pior. As cenas que vi durante o crime e depois, sempre pioram. Ver alguns amigos mortos do meu lado, é uma cena horrível. As imagens ficam cada vez mais fortes em minha mente”, disse.
O padre acabou sendo baleado durante os disparos, passou por uma pequena cirurgia e passa bem.
O crime
Como mostrou o RepórterMT, uma das linhas de investigação é de que o alvo da ação criminosa era um garimpeiro, conhecido como “Polaco”, em razão de uma cobrança de aluguel no valor de R$ 60 mil.
A família não teria aceitado os valores impostos pelo garimpeiro sobre um imóvel que foi alugado por eles. Eles chegaram a entrar com uma ação na Justiça, mas decidiram executar o garimpeiro.
Na tarde desse domingo, os criminosos invadiram a casa de “Polaco” durante uma festa de aniversário e mataram dois idosos, identificados como Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 71 anos. Um padre também foi baleado, mas não corre risco de vida.
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O alvo dos criminosos não foi atingido. A arma de Ines Gemilaki falhou nas três vezes em que ela tentou atirar contra ele.
FONTE : ReporterMT