A ministra, em seu discurso, admitiu que o Brasil “ainda enfrenta as causas e consequências persistentes do racismo e da discriminação estrutural e sistêmica, refletida na precarização da vida das maiorias”. Mas insistiu que o país “se ergue com coragem para acelerar os avanços orientados à cidadania plena de toda a população, o que só é possível com igualdade e justiça para os povos afrodescendentes.
“Por tudo isso, nos disponibilizamos em nível máximo a viabilizar, com a força da união das nações, a proclamação de uma segunda Década Internacional de Pessoas Afrodescendentes, para o período de 2025-2034”, afirmou, gerando aplausos da sala da ONU.
Para o governo brasileiro, trata-se do “caminho mais concreto para garantir a continuidade e o aprofundamento de medidas nacionais, regionais e internacionais pelos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos de pessoas afrodescendentes”.
A proposta do Brasil é de que essa segunda década deve se constituir num “pacto global pela igualdade étnico-racial e na elaboração da Declaração Universal sobre Direitos Humanos de Afrodescendentes, com força de Tratado Internacional”.
“Precisamos nos envolver, de maneira ampla, democrática, somando a representação de líderes dos países, dos diversos setores da sociedade e dos movimentos negros auto-organizados, empresas públicas e privadas, academia, todos pela eliminação das desigualdades sociais, inclusão e combate ao racismo estrutural“, propôs.
Anielle ainda defendeu a inclusão da sociedade civil brasileira na criação de um grupo de organizações negras da sociedade civil junto à ONU.
noticia por : UOL