GOSPEL

Padre desperta ira de ministra ao afirmar que homossexualidade é ‘fraqueza pecaminosa’

Na contramão das declarações feitas nos últimos anos pelo papa Francisco, um padre católico afirmou que a homossexualidade é “uma fraqueza pecaminosa” que deve ser combatida como qualquer outra transgressão da lei de Deus. A afirmação rendeu uma ameaça de processo por parte de uma ministra do governo francês.

O padre Matthieu Raffray, 45 anos, publicou um vídeo para os seus mais de 60 mil seguidores no Instagram confrontando-os a resistir às suas fraquezas pecaminosas, incluindo a homossexualidade, dentre outras:

“Todos nós temos fraquezas: aqueles que são gananciosos, aqueles que estão com raiva, aqueles que têm tendências homossexuais!”, afirmou Raffray.

Com a repercussão do vídeo, a ministra Aurore Bergé, 37 anos, titular do ministério de igualdade de gênero e diversidade do governo francês, publicou um comunicado classificando as declarações do padre como “inaceitáveis”.

Irada, Aurore também confirmou que estava denunciando o padre à Delegação Interministerial para a Luta contra o Racismo, o Antissemitismo e o Ódio Anti-LGBT (DILCRAH) para ser processado nos termos do Artigo 40 do código penal francês: “Não vou abrir mão de nada diante do ódio, seja ele qual for”, escreveu a ministra em sua conta no X.

A DILCRAH é um órgão do governo francês que trabalha com vários ministérios para conceber, coordenar e gerir ações de combate ao racismo, ao antissemitismo e aos crimes de ódio anti-LGBT.

Nas redes sociais, a conta oficial do órgão respondeu ao tweet da ministra informando que havia encaminhado a denúncia ao procurador, e acrescentou: “A chamada ‘terapia de conversão’ é ilegal desde 2022. Falar sobre a homossexualidade como uma fraqueza é vergonhoso”.

Sem se intimidar, o padre Raffray também usou o X para contar que seu número de seguidores ultrapassou a marca de 20 mil graças “aos histéricos de todas as matizes que tentam me desestabilizar com controvérsias grotescas”, e acrescentou: “Amigos ou inimigos: rezo por vocês”.

No vídeo que causou a polêmica, o padre pregou que todos têm as armas espirituais necessárias para combater tais fraquezas, mas que Satanás os tenta fazer acreditar que a batalha é “muito difícil”, sugerindo que desistam e cedam ao pecado.

O padre Raffray tem grande audiência entre os jovens franceses, e não se desculpou ou removeu o vídeo. Em entrevista à imprensa, declarou que sua reflexão abordava “tentações em geral” e que a sua intenção não era destacar a homossexualidade, mas sim “deixar claro que não somos obrigados a ceder a todas as nossas tentações, a todos os nossos desejos”.

“Cito a homossexualidade, entre outras coisas. Atos homossexuais são pecado, mas acho que as pessoas não sabem mais o que é pecado. Denunciar um pecado não significa denunciar quem o comete! Você poderia ter me culpado se eu tivesse dito algo desajeitado ou ofensivo, mas isso não é o caso aqui”, defendeu-se.

“Não só não sou homofóbico; além disso, como padre, sou cuidadoso com o vocabulário que utilizo sobre este assunto porque sei que o assunto é delicado e que as pessoas podem facilmente se machucar”, acrescentou, segundo informações do portal The Christian Post.

O padre garantiu que não irá se intimidar com a perseguição do governo francês: “O que está em jogo não sou eu, mas a liberdade de ser cristão hoje. Espero que todos os fiéis percebam que é a moral cristã e toda a Igreja que estão sob ataque”.

FONTE : Gospel Mais

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