Davi Valle – Prefeitura de Cuiabá | Montagem – RepórterMT
“É fundamental reconhecer que, sem o apoio do Estado, Cuiabá não poderá mais sustentar essa demanda”, disse o prefeito.
Davi Valle – Prefeitura de Cuiabá | Montagem – RepórterMT
“É fundamental reconhecer que, sem o apoio do Estado, Cuiabá não poderá mais sustentar essa demanda”, disse o prefeito.
EDUARDA FERNANDES
DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), se mostra favorável para que o conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Sérgio Ricardo, discuta a estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) Dr. Leony Palma de Carvalho.
Segundo a gestão municipal, o hospital é responsável por atender mais de 60% dos pacientes do interior do estado. “No entanto, é fundamental reconhecer que, sem o apoio do Estado, Cuiabá não poderá mais sustentar essa demanda crescente por atendimento médico de qualidade”, admitiu o gestor municipal.
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Sérgio Ricardo propôs a estadualização nessa quarta-feira (03), durante a entrega das contas anuais do Governo do Estado, referentes ao exercício de 2023. Na ocasião, o presidente do TCE explicou que a medida garantiria o melhor direcionamento de recursos para a Saúde, que acumula passivos financeiros. “A Prefeitura de Cuiabá não tem condições de tocar o HMC e o Hospital São Benedito do jeito que tem que ser feito. Hoje, a demanda é muito maior do que a capacidade que a estrutura tem de atender. É uma questão urgente”, afirmou o conselheiro.
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O prefeito lembra que, durante o período de intervenção do Estado na administração da saúde pública (de março a dezembro de 2023), a Central de Regulação passou a ser administrada por Mato Grosso. “A rede pública de saúde é universal, mas o meu entendimento é de que a capital, nossa população, acaba penalizada diante da alta procura por ajuda médica devido à desassistência do Estado. Na prática, não há investimento nos demais 140 municípios, e Cuiabá, sozinha, atende a todo Mato Grosso sem receber a contrapartida que lhe é de direito”, pontua.
Emanuel lembrou que procedimentos de alta complexidade são de responsabilidade do Estado, o que demanda de repasses do Estado e da União.
“Eu dei sinal verde para que o Tribunal de Contas, através do conselheiro Sérgio Ricardo, começasse as tratativas e me apresentassem. Se for bom para Cuiabá e atender à saúde do Estado, eu não vejo nenhuma objeção. Prioritariamente temos de garantir a qualidade do atendimento na rede primária e na secundária. O que eu quero é uma saúde melhor, sempre, à população cuiabana”, concluiu Emanuel.
Estrutura
O HMC possui 184 leitos de enfermaria, 20 leitos no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), 6 salas de cirurgia, 60 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo 40 adultos, 10 pediátricos e 10 leitos na Unidade Coronariana. Na Urgência/Emergência, possui 51 leitos divididos entre Reanimação, Politrauma, Estabilização, Observação adulto e pediátrico. Além disso, conta com ambulatório com mais de 13 das especialidades médicas mais procuradas pela Central de Regulação, exames como ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia e radiografia, parque tecnológico com equipamentos de última geração, moderno centro de imagens e ainda farmácias satélites.
FONTE : ReporterMT