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Professora explica emoções da população brasileira durante o golpe militar: "Tenho que achar um culpado"

O Roda Viva desta segunda-feira (1º) recebe Heloisa Starling, historiadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A pesquisadora acaba de lançar o livro “A Máquina do Golpe – 1964: Como Foi Desmontada a Democracia no Brasil“.

A obra será lançada em três partes. Em março, Heloisa disponibilizou, de forma online, os primeiros dois capítulos do livro. Neste mês, será disponibilizada a segunda parte. Ainda neste semestre, está previsto que o livro físico chegue às lojas pela editora Companhia das Letras.

No programa, a pesquisadora fala sobre a comunicação dos líderes de extrema direita, ideologia que cresceu nos últimos anos. Heloisa Starling faz um paralelo entre a comunicação durante o golpe de 1964 com as movimentações de hoje e como impacta a população.

“Eu somaria a crise econômica que produz desemprego, insegurança na classe médica, mas sobretudo a ideia de que eu perdi e a ‘culpa não é minha’. Eu tenho que encontrar um culpado. Além do ressentimento, tem o medo, o anticomunismo funciona muito bem para catalisar esse tipo de situação”, afirma.

Em termos de meio de comunicação, o rádio era fundamental, falava com o Brasil inteiro, e os jornais impressos têm um papel importantíssimo no sentido de formar opinião”, completa.

Veja resposta:

Heloisa também é autora de “Os senhores das Gerais” (1986), “Lembranças do Brasil” (1999), “Brasil: Uma biografia” (2015), com Lilia Moritz Schwarcz,República e democracia: Impasses do Brasil contemporâneo” (2017) e “Ser republicano no Brasil colônia” (2018).

Participam da bancada de entrevistadores Mário Medeiros, diretor do Arquivo Edgard Leuenroth, Naief Haddad, repórter da Folha de S.Paulo, Paula Miraglia, diretora-geral da Gama Revista, Tatiana Vasconcelos, apresentadora da CBN, e Taina Silva Santos, mestre em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os desenhos são feitos em tempo real pelo cartunista Luciano Veronezi.

O programa vai ao ar ao vivo a partir das 22h na TV Cultura, no site da emissora, no app Cultura Play e nas redes sociais X (o antigo Twitter), YouTube, Tik Tok e Facebook.

noticia por : UOL

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