O Chega emergiu como um partido-chave depois de quadruplicar sua representação parlamentar — fato inédito para um partido de extrema-direita desde a queda de uma ditadura fascista há 50 anos.
Um governo da AD dependerá de acordos fragmentados no Parlamento com o Chega ou com a esquerda para aprovar legislações, o que o torna potencialmente instável.
A nomeação amplamente esperada do presidente conservador Marcelo Rebelo de Sousa ocorreu pouco depois da meia-noite de quinta-feira (horário local), depois que as cédulas restantes do exterior foram contadas pela comissão eleitoral, dando ao Chega duas cadeiras adicionais no Parlamento, enquanto a AD e os socialistas acrescentaram apenas uma cada.
No total, a AD conquistou 80 cadeiras no Parlamento de 230 vagas, que deve retornar na próxima semana, seguida pelos socialistas com 78 cadeiras e pelo Chega, que foi fundado há apenas cinco anos, com 50.
O resultado ressalta a inclinação política para o populismo de direita e a redução dos governos socialistas em toda a Europa, o que deve resultar em ganhos para os partidos de extrema-direita nas eleições europeias de junho.
Montenegro, de 51 anos, disse repetidamente que não faria um acordo com o Chega, reiterando na quarta-feira que a AD estava preparada para governar por conta própria.
noticia por : UOL