Um grupo independente que monitora as eleições da Rússia (Golos), disse nesta segunda-feira (18), que a esmagadora vitória de Vladimir Putin foi vencida da forma mais fraudulenta e corrupta em toda história do país. O grupo argumenta que “a campanha ocorreu numa situação em que os artigos fundamentais da Constituição da Rússia não estavam essencialmente em vigor”.
O Kremlin saudou nesta segunda-feira a vitória de Putin, com uma participação recorde de 77,4%. Para eles, isso foi uma demonstração de consolidação em torno do atual presidente. Enquanto os EUA, a Alemanha e o Reino Unido afirmam que a votação não foi livre ou justa, os russos tratam as tentativas ocidentais de tratar as eleições como ilegítimas absurdas.
O grupo fundado em 2000, é o único orgão que atua de forma independente das autoridades na fiscalização eleitoral. É tratado como um “agente estrangeiro” desde 2013, quando o grupo foi proibido de enviar agentes para observar locais de votação. Grigory Melkonyants, um dos líderes do grupo, está preso por razões políticas, segundo o Golos.
Segundo a Comissão Eleitoral da Rússia, a votação ocorreu sob escrutínio adequado e houve um terço de milhão de observadores russos nomeados por candidatos, partidos e organizações sociais, assim como estrangeiros.
Golos
O grupo independente disse que os candidatos e partidos não enviaram observadores em algumas regiões. Nos que enviaram, eles foram retirados após o início do processo de votação. “Em conversas privadas, representantes de candidatos e partidos admitiram que isto foi feito sob pressão”, disse o grupo.
Ainda segundo o Golos, observadores “indesejáveis” foram retirados das assembleias de voto e intimidados e comparecer nos cartórios de registro militar, enquanto outros foram detidos e revistados.
De acordo com o grupo, há relatos de espionagem de agentes de lei por cima dos ombros dos eleitores para ler os boletins de voto. Um oficial teria arrancado a cédula preenchida da mão de uma eleitora e verificou em quem ela votou, acrescentou.
Putin alertou que aqueles que tentassem interromper as eleições, seriam presos por cinco anos. Dmitry Medvedev, ex-presidente, completou dizendo que poderiam ser acusados de traição. Ao menos 74 pessoas foram presas no país no último dia de voação, de acordo com o grupo de direitos humanos OVD-Info.
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Fonte: Internacional
FONTE : MatoGrossoNews