“Sou inocente, digam isso ao mundo, eu amo vocês”, disse Hernández, de 55 anos, ao deixar a sala de audiência, dirigindo-se a seus familiares, entre elas duas cunhadas que vieram apoiá-lo, já que sua esposa e filhos não receberam vistos para viajarem aos Estados Unidos, e aos três generais que testemunharam a seu favor no julgamento.
Ao lado de seus advogados, após ouvir do juiz Kevin Castel que o júri havia chegado a um veredicto, o ex-presidente parecia rezar.
Depois, acompanhou o veredicto movendo a cabeça com incredulidade, à medida que o porta-voz do júri respondia a cada uma das perguntas que o juiz formulou para estabelecer sua culpabilidade.
Seu advogado, Raymond Colon, anunciou que seu cliente vai recorrer da decisão. “Ele afirma que é inocente”, disse.
A Promotoria, que afirma que o ex-presidente criou um “narcoestado” durante o seu mandato (2014-2022), o acusava de conspirar para traficar drogas aos Estados Unidos, assim como conspirar para traficar armas e posse ilegal de armas, e que são passíveis de prisão perpétua.
– Benefício próprio –
O ex-presidente “teve todas as oportunidades para ser uma força do bem em Honduras, mas escolheu abusar do poder e do país para seu próprio benefício”, lamentou o promotor Damian Williams, em um comunicado emitido após a decisão.
noticia por : UOL