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Casal é suspeito de usar Minha Casa Minha Vida para dar golpes em SP

Mulher pediu cópias autenticadas em cartório de documentos das vítimas. Àqueles que se decidiam pela compra do apartamento com sua ajuda, Aline solicitava RG, CPF, carteira de trabalho e outros itens. Enviados em PDF por WhatsApp, eles eram “analisados” e “aprovados” em até três horas, segundo os relatos.

Ela cobrava prazo para entrega dos documentos. Na ocasião da minha filha, minhas duas netas gêmeas de cinco meses estavam internadas com bronquiolite, tinham sido entubadas e, mesmo assim, nos desdobramos para enviar tudo a tempo
Sherlida Novaes, moradora da zona sul e vítima do golpe

Moradores pagavam “declaração de renda”. Aline pedia o pagamento às vítimas após o envio dos documentos pessoais e indicava Anderson Alves de Souza como contador apto a elaborar a declaração, por valores que oscilaram entre R$ 80 e R$ 360. Segundo relatos, ele é marido da suspeita e vivia na mesma região que as vítimas há mais de 20 anos — mas não foi identificado no momento dos pagamentos por ser conhecido apenas como “Alemão” no bairro.

Diante da aparente oportunidade, várias pessoas indicaram outros interessados a Aline. Em um dos casos, uma única vítima indicou outras 150. A suspeita estimulava os moradores a cobrarem taxas de R$ 20 pelo “pré-cadastro” dos “beneficiados”. A estimativa é que mais de 500 pessoas tenham sido prejudicadas pelo golpe.

Aline explicava muito bem o programa e todas as questões sobre o governo, não deixando dúvidas de que sabia o que estava fazendo. Muitas vezes, ela dizia estar sem tempo porque precisava cumprir a lista de cadastros do Cras. Para quem questionava se era verdade, ela logo se saía dizendo que quem tinha dúvidas fizesse o cadastro pelo Cras ou pela subprefeitura, porque ela só estava prestando um favor
Carla Bispo Limonti, moradora da zona sul e vítima do golpe

Responsável pelo Cras, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que não tem servidores com os nomes de Aline e Anderson. Em nota, o órgão afirmou que “todos os serviços são oferecidos gratuitamente” e que “cobranças são absolutamente ilegais e devem ser denunciadas”.

noticia por : UOL

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