“No passado tínhamos a tendência de considerar a obesidade como um problema dos países ricos, agora é um problema global”, comenta Francesco Branca. Segundo ele, esse seria o efeito de uma “transformação rápida, e não para melhor, dos sistemas alimentares em países de baixo ou médio rendimento”.
Por outro lado, a obesidade mostra “sinais de declínio em alguns países do sul da Europa, especialmente para as mulheres, sendo Espanha e França exemplos notáveis”, segundo Majid Ezzati.
Agora, “na maioria dos países, um maior número de pessoas é mais afetado pela obesidade do que pelo déficit ponderal”, também chamado de baixo peso, sobretudo em crianças, que diminuiu desde 1990, aponta o estudo.
Contudo, o baixo peso continua a ser um grande problema em certas regiões do mundo, como o Sul da Ásia ou a África, e está ligado ao aumento da mortalidade em mulheres e crianças muito pequenas antes e depois do parto, ou a um maior risco de morte por doenças infecciosas.
Dupla carga
Não comer o suficiente, mas também comer mal: muitos países de rendimento baixo e médio enfrentam a “dupla carga” da subnutrição e da obesidade. Uma parte de sua população ainda não tem acesso a um número suficiente de calorias, outra já não tem este problema, mas sua alimentação é de má qualidade.
noticia por : UOL