O motorista Oliveira, mesmo baleado, conseguiu fugir do local com o carro e foi socorrido. Levado até o Hospital de Base de Brasília, não resistiu e faleceu. Antes de morrer, descreveu uma emboscada: um automóvel parou o carro da equipe e homens fortemente armados desceram e cometeram um massacre. Os auditores fiscais morreram na hora.
Os irmãos Antério e Norberto Mânica, que estão entre os maiores produtores rurais do país, foram apontados como os mandantes pela Polícia Federal seis meses depois.
Os pistoleiros Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda foram condenados, em agosto de 2013, e cumprem pena nos regimes semiaberto, aberto e fechado, respectivamente.
Acusado de contratar os matadores, Francisco Élder Pinheiro (conhecido como Chico Pinheiro) morreu em 2013 sem ser julgado e Humberto Ribeiro dos Santos, que ajudou a sumir com as provas do crime, teve a pena prescrita.
Norberto, em uma reviravolta no caso em 2018, registrou em cartório um documento confessando a encomenda da morte de “apenas” um auditor fiscal do trabalho. Segundo ele, os executores é que teriam matado os outros três que estavam na operação. Quis isentar, com essa declaração, seu irmão do crime e pleitear a redução de pena, justificando-se que teria ordenado a morte de uma e não quatro pessoas. A estratégia não funcionou para livrar Antério.
Entre os que orquestraram a chacina, os empresários cerealistas Hugo Alves Pimenta foi condenado a 46 anos, 3 meses e 27 dias de prisão e José Alberto de Castro a 58 anos, dez meses e 15 dias. Norberto Mânica recebeu 65 anos, sete meses e 15 dias e seu irmão, Antério, 64 anos.
noticia por : UOL