Thiago Bergamasco
Sergio Ricardo apontou várias deformidades no localm como rachaduras e drenagem é mal feita
Thiago Bergamasco
Sergio Ricardo apontou várias deformidades no localm como rachaduras e drenagem é mal feita
CHRISTINNY DOS SANTOS
DO REPÓRTERMT
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, disse que o Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, está em risco de desabamento há 10 anos. Segundo ele, a pista apresenta rachaduras e a região está em “condição de muito alto risco”.
“Há dez anos que corre o mesmo risco. Há dez anos que isso aqui está rachado. Há dez anos que aqui o grau é R4, significa condição de ‘muito alto risco’, então isso aqui pode, sim, desabar. Há dez anos que isso pode estar desabando”, disse em conversa com os jornalistas, durante inspeção técnica no Portão do Inferno, nesta sexta-feira (12).
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O conselheiro cita um relatório da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) que aponta rachaduras e quedas de rochas na MT-251. O estudo conclui que o Portão do Inferno é classificado como de Grau de Probabilidade R4, isto é, muito alto. Há alto potencial para deslizamentos e solapamentos.
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Geólogo sobre Portão do Inferno: “Pode cair hoje ou daqui 30 anos, mas uma hora vai cair”
Darlan dos Santos, geólogo da Matemat, destacou que as rochas no alto do paredão podem cair a qualquer momento. “O tempo geológico é imprescindível. Ele pode cair hoje, pode cair amanhã, pode cair daqui a 30 anos, mas em uma hora ele vai cair”, salienta.
O geólogo explicou ainda que o risco se intensifica no período de chuvas, uma vez que, o trecho é formado por arenitos que quando ele se fratura, é preenchido por essa água. “É tipo uma cola que vai soltando as placas e vai desmoronando”, afirma.
O viaduto sobre o Portão do Inferno foi construído em 1978 e, desde então, não sofreu nenhum grande reparo, segundo Sérgio Ricardo. “O que acontece aqui é o seguinte: a drenagem é mal feita, você pode ver em cima da ponte tem rachaduras longitudinais e transversais. O guarda corpo já teve um afastamento, então, sim, há um risco.”
“A enxurrada que vem está entrando embaixo e causando uma erosão muito grande. Esse pontilhão não tem mais a sustentação que tinha o ano passado, há dez anos, ou em 78. É um risco”, completou o conselheiro.
Sérgio Ricardo aponta como solução temporária a operação do tráfego em esquema “Pare e Siga”, com intensa fiscalização.
“Basta fazer uma fiscalização correta e não deixar um, dois, três carros em cima do pontilhão ao mesmo tempo. Basta que segure aqui, segure lá. Passa um carro de cada vez, pode ser nas duas pistas, é só não acumular e proibir carga pesada. O máximo aqui é caminhão de 6 toneladas, que pode abastecer Chapada”, sugere o conselheiro.
FONTE : ReporterMT