GOSPEL

Megaigreja rompe com igreja-mãe por reprovar ‘desvios teológicos’ para o esquerdismo

Uma igreja evangélica decidiu romper com a denominação que foi responsável por sua plantação, além da rede de igrejas irmãs, por considerar que toda a organização está sofrendo “desvios teológicos” para atender ao esquerdismo, comprometendo a doutrina.

A Igreja CityView em Fort Worth, Texas (EUA), anunciou seu rompimento com a igreja responsável por sua plantação, a The Village Church – igreja liderada pelo famoso pastor Matt Chandler.

O argumento da igreja foi que a rede de plantação de igrejas chamada Atos 29, uma iniciativa do próprio pastor Chandler, tem uma estrutura de organização falha, o que resulta em tomada de “más decisões e tendências esquerdistas”, além de “desvios teológicos”.

O pastor Rick White, líder da City View, usou as redes sociais para fazer um detalhamento dos motivos que levaram a essa decisão, marcando uma uma mudança significativa para a igreja que esteve profundamente ligada a seus fundadores por quase duas décadas: “Nossa igreja renunciou à sua membresia da rede Atos 29. Me entristece que tenha chegado a esse ponto”.

White disse que inicialmente hesitou em tornar o rompimento público, mas sentiu-se compelido a explicar a decisão àqueles que recrutou e encorajou a participar da rede ao longo dos anos: “[Como] defendi Atos 29, mesmo quando ela estava se tornando indefensável, sinto-me culpado. Se devo desculpas ou arrependimento a alguém nestes assuntos, entre em contato comigo”, escreveu o pastor.

Representando um grupo de pastores da Atos 29, White afirmou que as suas preocupações, dirigidas em particular à liderança da rede, não foram levadas a sério. Ele criticou o favorecimento a igrejas maiores com pastores influentes, deixando igrejas pequenas e médias sem uma voz significativa.

Com uma história de 18 anos na Atos 29, White citou três razões principais para a renúncia: uma estrutura organizacional defeituosa, má tomada de decisões e uma mudança teológica que ele acredita tornar as igrejas membros vulneráveis, além de considerar que a rede já não é mais capaz de seguir plantando novas igrejas,

“Concluindo, nossa igreja tem sido incrivelmente leal a Atos 29 ao longo dos anos. Continuo – e espero continuar sendo – amigo e parceiro do Evangelho com muitos dos funcionários, líderes e principalmente dos pastores das igrejas-membro da Atos 29 que optam por permanecer”, comentou. “No entanto, não posso mais recomendar pessoalmente a Rede Atos 29 como uma boa administração do tempo, dinheiro e energia de alguém”.

No X, o pastor também compartilhou uma versão resumida da carta enviada aos membros da igreja, na qual ele se aprofundou nas razões do afastamento da rede, ilustrando por exemplo com o caso de 2020, quando a Atos 29 e seus líderes adotaram posições sobre várias questões sociais que a Igreja CityView via como uma “mudança para o esquerdismo”, causando rachas dentro de muitas congregações.

Um exemplo específico citado por White foi um vídeo intitulado “Caminhando com Jesus entre nossos amigos LGBTQIA+”, postado pela Atos 29 em setembro do ano passado. O vídeo, muito criticado, foi retirado do ar posteriormente, mas deixou marcas “embaraçosas” nas igrejas.

Outro ponto foi a abertura da rede para que mulheres assumissem posição de ensino em suas igrejas. O pastor White criticou a postura dúbia adotada, que não seguia o posicionamento histórico: “Carecia de clareza decisiva, sinalizando a intenção do Atos 29 de continuar a ser equivocada sobre este assunto, ao mesmo tempo que desconsiderava e desrespeitava os seus membros firmemente conservadores”, afirmou, de acordo com informações do portal The Christian Post.

FONTE : Gospel Mais

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