MUNDO

Maceió: Igreja vira símbolo de resistência e luta por volta à área fantasma

Meus avós moravam no Trapiche, e tiveram de sair de suas casas entre 1982 e 1983 após um vazamento de cloro e que resultou na interdição da área ao lado da fábrica. Ele morava onde hoje é o cinturão verde [área criada no entorno da unidade para resguardar moradores].
Alan Leite

Atualmente, a igreja e suas 5 congregações têm 317 membros. “Temos um grupo de pessoas que frequentam, mas que ainda não se tornaram membros. Desta forma, eu diria que somos umas 400 pessoas”, explica o pastor Wellington. Ele diz que o problema no solo afugentou muitos fiéis.

A Braskem nos prejudicou muito. Primeiro porque muitas pessoas que viviam próximas tiveram de ser deslocadas para longe. Temos também a dificuldade das pessoas virem ao culto por medo de que aconteça algo no bairro.
Wellington Santos

A maioria dos membros da igreja é formada por moradores do entorno, que saíram de suas casas por conta do problema.

Inajara dos Santos Silva, 46, deixou sua casa no Mutange, com o filho, em março de 2020. Além de membro, ela era funcionária de serviços gerais da igreja, mas com as reduções das atividades e receita, acabou sendo desligada este ano e recebe seguro desemprego.

Depois não sei o que será de mim, porque deixei currículos e sei que, na minha idade, é difícil conseguir. Mas sigo aqui porque a igreja é minha casa também.
Inajara dos Santos Silva

noticia por : UOL

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