SAÚDE

Osteopatia: o que é, para que serve e quais os possíveis riscos.

Saúde

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 30/11/2023Última atualização: 30/11/2023

Por Redação Minuto Saudável

Publicado em: 30/11/2023Última atualização: 30/11/2023

Uma profissional fazendo um tratamento de osteopatia em uma paciente.O tratamento osteopático concentra-se em reconhecer e corrigir as disfunções somáticas, que são limitações na mobilidade tridimensional de componentes articulares do corpo.

A osteopatia é uma abordagem da área de saúde que vem ganhando cada vez mais reconhecimento no Brasil. 

Embora seja uma disciplina ainda em desenvolvimento no país, é interessante notar que a maioria dos profissionais especializados em osteopatia são fisioterapeutas, em contraste com países onde os médicos frequentemente se tornam osteopatas.

Essa prática terapêutica se baseia em princípios fundamentais que visam promover o bem-estar e a saúde por meio de métodos naturais e não invasivos. 

Um dos princípios centrais da osteopatia é a crença de que o corpo humano tem a capacidade de se autorregular e de criar seus próprios mecanismos de cura e defesa contra doenças.

A osteopatia se destaca por sua metodologia e filosofia que incorpora conhecimentos de medicina alternativa e complementar. A abordagem osteopática tem como objetivo principal restaurar a função adequada das estruturas e sistemas do corpo, permitindo a conexão estreita entre a mente e o corpo. 

Através de técnicas manuais, como manipulações, alongamentos e massagens, os osteopatas buscam promover a recuperação, manutenção e equilíbrio do organismo, ajudando os pacientes a atingir seu potencial máximo de saúde.

É importante ressaltar que a osteopatia não se limita a tratar apenas os sintomas de uma condição, mas sim avaliar o paciente como um todo, buscando compreender as interações entre os sistemas do corpo. 

Índice:

  1. O que é Osteopatia?
  2. Qual é a diferença entre fisioterapia e osteopatia?
  3. Quais condições um osteopata trata?
  4. Como é feita a sessão?
  5. Quais os riscos?

O que é Osteopatia?

O tratamento osteopático foca na identificação e correção das chamadas disfunções somáticas, que se referem a restrições na mobilidade tridimensional de elementos conjuntivos do corpo. 

Essas restrições de mobilidade podem afetar articulações, músculos, ligamentos e outros componentes do sistema musculoesquelético, bem como órgãos internos. A abordagem osteopática visa restaurar a mobilidade adequada dessas estruturas.

Para se tornar um(a) osteopata, é geralmente necessário ter formação prévia em áreas como fisioterapia ou medicina. Isso ocorre porque tanto fisioterapeutas quanto médicos adquirem um conhecimento profundo de anatomia e fisiologia do corpo humano, o que é fundamental para a prática da osteopatia. 

Através de técnicas manuais, como manipulações articulares, alongamentos e massagens, os osteopatas buscam liberar restrições de mobilidade e promover o equilíbrio em todo o organismo. 

Essa abordagem não invasiva é considerada eficaz para uma variedade de condições, incluindo dores musculares e articulares, problemas de postura, disfunções orgânicas e até mesmo enxaquecas.

Leia mais: Alongamento: tipos, benefícios e como fazer (casa, academia) 

Qual é a diferença entre fisioterapia e osteopatia?

Primeiramente, ambas as especialidades desempenham papéis complementares no campo da saúde. A escolha entre osteopatia e fisioterapia depende da condição do paciente e de seus objetivos de tratamento. 

Como vimos, a osteopatia aborda o corpo como um sistema integrado, em que todas as estruturas do corpo estão interligadas e interagem umas com as outras. Concentra-se em tratar o corpo como um todo, não apenas a área afetada.

Ao tratar uma queixa específica, uma osteopata frequentemente trabalha em outras estruturas do corpo para restaurar o equilíbrio e a mobilidade. 

Por outro lado, a fisioterapia é uma disciplina de reabilitação que tende a focar mais diretamente na área afetada pelo problema. Ela é frequentemente recomendada após lesões, cirurgias ou outras condições específicas que requerem intervenção terapêutica direcionada. 

A fisioterapia emprega técnicas específicas de reabilitação para tratar lesões musculoesqueléticas, restaurar a função e aliviar a dor na área em questão. Essa especialidade é recomendada na recuperação pós-operatória, lesões esportivas e tratamento de dores agudas e crônicas.

Leia mais: Fisioterapia (respiratória, esportiva e mais): como funciona? 

Quais condições um osteopata trata?

Mulher em tratamento de fisioterapia.
A osteopatia é uma disciplina terapêutica que oferece uma ampla gama de aplicações no tratamento de diversas condições. Entre as doenças e condições que a osteopatia e podem tratar ou contribuir no tratamento, destacam-se:
  • Dores, como na coluna, lombar, hérnias de disco, ciatalgia (dor no nervo ciático), e dores no pescoço e ombros;
  • Lesões musculares, como por má postura;
  • Disfunções articulares, particularmente úteis no tratamento de luxações e problemas de mobilidade articular;
  • Dores de cabeça frequentes, incluindo enxaquecas, podem ser tratadas por meio de técnicas osteopáticas que visam aliviar a tensão nas estruturas cranianas;
  • Vertigem e labirintite;
  • Desconfortos e dores relacionados ao sedentarismo;
  • Tensão pré-menstrual.

Leia mais: Vertigem: o que causa e como é feito o tratamento? 

Como é feita a sessão?

A sessão de osteopatia é um processo meticuloso e personalizado. Durante uma primeira sessão, o profissional realiza uma análise que inclui:

Anamnese 

É a parte na qual o paciente fornece informações fornecidas sobre seus hábitos de vida, histórico médico e sintomas que está experimentando. 

Essas informações ajudam o osteopata a estabelecer um quadro completo de saúde do paciente e a identificar possíveis causas de suas queixas.

Testes físicos

Após a coleta de informações, o osteopata emprega a palpação e testes físicos para avaliar a mobilidade, a tensão muscular e a postura do paciente. 

A avaliação ajuda a identificar áreas de restrição de movimento, desalinhamentos ou outros problemas no sistema musculoesquelético e em outras estruturas do corpo.

Uma vez concluída a avaliação o profissional traça um plano de tratamento personalizado. Esse processo inclui a identificação das cadeias lesionais no corpo do paciente, bem como a busca pelas possíveis origens dos problemas.

É importante destacar que, em muitos casos, a causa da dor não está necessariamente no local onde os sintomas se manifestam. Portanto, a análise considera que a interconexão do corpo é fundamental para identificar e tratar especificamente as disfunções.

Uma sessão de osteopatia geralmente tem duração de aproximadamente 50 minutos. Esse tempo é necessário para explorar os recursos terapêuticos disponíveis e aplicar as técnicas permitidas para estimular o processo de recuperação. 

Técnicas aplicadas

As técnicas podem ser aplicadas de diversas maneiras, em membros superiores e inferiores, com movimentos oscilatórios pendulares que respeitam os limites funcionais e ângulos de movimento que não causam dano ao paciente. Algumas estratégias utilizada são:

Neuromusculares

Envolvem movimentos ativos assistidos e resistidos com o objetivo de recuperar problemas musculoesqueléticos e articulares. Essas técnicas são aplicadas dentro dos limites de “não dor” e podem ou não incluir componentes vibratórios. 

Eles são mostrados altamente eficazes no tratamento de restrições de movimento nas articulações da:

  • Coluna vertebral;
  • Joelho;
  • Ombro;
  • Cotovelo;
  • Quadris.

Mobilização neural

É uma técnica que envolve mobilização de nervos, trajetórias nervosas ou do eixo neural, como a medula espinhal, que podem estar comprometidas. Essas mobilizações são realizadas de forma a melhorar a condução nervosa. 

Ela é amplamente utilizada no tratamento de condições como:

Além de, sintomas da Síndrome de Raynaud e como terapia de otimização da condução nervosa em casos de hérnias de disco e outras condições que afetam as raízes nervosas, além de enxaquecas.

Alongamentos 

Os alongamentos funcionais e técnicas músculo-energéticas são abordagens terapêuticas que envolvem uma fase ativa, na qual o paciente realiza contrações musculares na área a ser tratada, seguindo as orientações do osteopata. 

Manipulação por impulso

Esse procedimento é combinado com uma série de vetores seguidos por um impulso rápido e curto para corrigir disfunções articulares. Esse método é eficaz na normalização articular e geralmente é indolor quando o paciente está relaxado. 

Sacro-craniana

A terapia sacro-craniana é uma técnica que visa a normalização das lesões nas meninges, que são as camadas que revestem o cérebro e a medula espinhal. 

Isso é desenvolvido por meio de táticas manuais aplicadas em diferentes áreas cranianas e/ou em planos transversais, dependendo do tipo de terapia sacro-craniana a ser utilizada. Essa terapia é indolor e altamente relaxante. 

Ela tem se mostrado eficaz no tratamento de enxaquecas e pode ser uma terapia adjuvante em distúrbios de condução nervosa que não são causados ​​por doenças autoimunes em fase aguda.

Leia mais: Enxaqueca (crônica, com aura): causas, sintomas, remédio e + 

Quais os riscos?

Embora muitas pessoas encontrem auxílio para uma variedade de condições através da osteopatia, é importante estar ciente dos riscos associados a essa abordagem e às situações em que a terapia não é recomendada.

Em primeiro lugar, a osteopatia é uma abordagem que envolve o toque e a manipulação dos tecidos do corpo. Má prática ou manipulações incorretas podem levar a lesões, desconforto ou agravamento de condições pré-existentes. 

Portanto, é essencial escolher uma osteopata experiente e devidamente credenciada para garantir a segurança do tratamento.

Além disso, existem certas condições médicas em que a osteopatia não é aconselhável, como em pessoas que sofrem de: 

  • Artrite grave;
  • Fraturas nos ossos;
  • Distúrbios que afetam a coagulação; 
  • Usuário de medicamentos anticoagulantes.

Nestes casos, a manipulação de tecidos e articulações pode aumentar o risco de lesões, sangramentos ou complicações. 

Outro grupo de pacientes que deve evitar a osteopatia são aqueles que sofrem de esclerose múltipla, uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso e pode apresentar sintomas como dor e fraqueza muscular. 

A manipulação excessiva dos músculos e articulações pode agravar os sintomas e causar desconforto adicional. Nestes casos, é aconselhável procurar outras formas de tratamento que sejam mais compatíveis com as necessidades específicas do paciente.

Leia mais: Remédios para Artrite com Menor Preço | CR 


O tratamento osteopático adota o princípio de avaliar e tratar a pessoa como um todo, confirmando que os diferentes sistemas do corpo, incluindo músculos, ossos, articulações, coluna vertebral e órgãos internos, são reflexos da condição de saúde e também podem desempenhar um papel importante no desencadeamento de processos patológicos.

Uma das principais qualidades são suas técnicas não invasivas, evitando procedimentos cirúrgicos ou farmacológicos sempre que possível. 

A abordagem osteopática vai além do conceito mecanicista de doença, enfatizando um sistema terapêutico genuíno e eficaz que se concentra em eliminar as causas da saúde comprometida, fortalecendo os mecanismos de cura inerentes ao próprio corpo.

Gostou do conteúdo? Acompanhe o portal do Minuto Saudável para ver mais sobre conteúdos que envolvem saúde, corpo humano e bem-estar!


FONTE : R7.com

Facebook
WhatsApp
Email
Print
Visitas: 83 Hoje: 15 Total: 7673668

COMENTÁRIOS

Todos os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não representam a opinião deste site.