MUNDO

ONU recebe lista de mortos em Gaza; OMS chama debate de 'cínico'

“Há quase três semanas, os civis palestinos em Gaza têm sofrido bombardeios implacáveis de Israel por ar, terra e mar. Milhares de pessoas foram mortas, jazendo mortas entre prédios residenciais, mesquitas e padarias destruídos”, disse.

“Recebemos testemunhos angustiantes de famílias inteiras mortas por ataques aéreos em suas casas, incluindo as famílias dos membros da nossa própria equipe. De pais que escreveram os nomes dos filhos em seus braços para identificar seus futuros restos mortais. Das noites aterrorizantes e sem dormir que as pessoas estão passando ao ar livre, enquanto os ataques aéreos continuam sobre suas cabeças. Lamentamos a perda de 57 colegas da ONU e de tantos outros civis que foram claramente afetados de forma desproporcional”, disse Ravina, visivelmente emocionada.

“A punição coletiva está ocorrendo por meio do bloqueio de água, alimentos, combustível e eletricidade. A escassez de combustível está forçando o fechamento de hospitais e padarias. As pessoas são forçadas a se refugiar em abrigos em condições cada vez mais terríveis; superlotados, com saneamento precário e água potável insegura, trazendo o espectro de um surto de doenças. Uma catástrofe humanitária se desenrola para os 2,2 milhões de pessoas trancadas em Gaza, que estão sendo punidas coletivamente”, afirmou.

“A punição coletiva é um crime de guerra. A punição coletiva de Israel contra toda a população de Gaza deve cessar imediatamente. O uso de linguagem desumanizadora contra os palestinos também deve ser interrompido”, apelou.

Mas ela também alertou para os crimes cometidos pelo Hamas. “Os ataques indiscriminados de grupos armados palestinos, inclusive por meio do lançamento de foguetes não guiados contra Israel, devem cessar. Eles devem libertar imediata e incondicionalmente todos os civis que foram capturados e ainda estão presos. A tomada de reféns também é um crime de guerra”, disse.

Apenas 8 caminhões entrarão hoje

A principal preocupação da ONU, porém, é outra conta: a da entrada de ajuda para Gaza. Nesta sexta-feira, apenas oito caminhões estão sendo organizados para entrar na região, 2% do volume necessário.

noticia por : UOL

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