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Bandido é considerado um dos mais perigosos do país
Marta de Jesus e José Câmara
DO G1
Preso na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, desde 2019, Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como “Fernandinho Beira-Mar”, de 56 anos, passou por perícia psiquiátrica nos últimos dias. Após a consulta, o preso tenta liberdade para tratamento psicológico fora da cadeia.
O exame, solicitado pela defesa de Fernandinho Beira-Mar, tem como objetivo corroborar com a tese de que o presidiário tem insanidade mental derivada das condições às quais ele submetido na prisão, de acordo com os advogados do homem que foi considerado um dos maiores traficantes do Brasil.
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Conforme apurado, Fernandinho Beira-Mar alega que está com problemas mentais diante do isolamento imposto nos presídios federais pelos quais têm passado desde que foi capturado na Colômbia, em 2001.
O preso já passou outra temporada em Campo Grande, em meio às mudanças pelas penitenciárias federais de Catanduvas, no Paraná, Brasília (DF), Porto Velho (RR) e Mossoró (RN).
Entre as queixas apontadas por Beira-Mar na audiência, está a de que ele “sente falta de contato com os seis filhos biológicos e 11 adotivos”.
O processo em que houve a perícia por psiquiatras corre em sigilo. Consultado, o advogado Luiz Gustavo Bataglin, representante de Beira-Mar na execução penal, declarou que não poderia comentar o caso, por estar correndo em segredo de justiça, mas confirmou a consulta com profissionais da psiquiatria.
Fernandinho Beira-Mar
Beira Mar já cumpriu 25 anos de um total de 300 anos de prisão a que foi condenado. O traficante, preso desde 2001, acumula penas que somam quase 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Desde 2006, está preso em um presídio federal. Atualmente, ele se encontra na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).
Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que, apesar da vigilância, ele manteve o controle do fornecimento de drogas para favelas do Rio. A investigação da PF, na ocasião, levou 19 pessoas à prisão.
FONTE : ReporterMT