O Brasileirão continua indefinido, embora seja provável que o Botafogo ganhe o titulo, mesmo com a queda no segundo turno, e que Coritiba e América sejam rebaixados.
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Fora pouquíssimas exceções, os jogadores brasileiros que vão para Europa não se destacam e voltam, brilham no Brasil devido à qualidade inferior das equipes.
Em um campeonato equilibrado, as oscilações são frequentes, mesmo sem mudança nos desempenhos, pois as vitórias e as derrotas estão muito próximas, decorrentes de detalhes técnicos, táticos e de fatores inesperados. Como somos soberbos, achamos sempre uma causa, geralmente estratégica, para explicar os resultados.
O Botafogo contraria o lugar-comum de que os clubes que investem muito e contratam jogadores mais caros e famosos serão os melhores. Ou Tiguinho Soares e outros jogadores já eram muito bons quando chegaram e não sabíamos?
O Bragantino, vice-líder, melhor time no segundo turno, sete pontos atrás do Botafogo, contratou muitos jogadores jovens, bons e menos badalados. O time, dirigido pelo português Pedro Caixinha, é a equipe brasileira que joga com mais intensidade, que mais pressiona e desarma no campo adversário. É uma avalanche, uma loucura organizada. O Fluminense, na maior parte do jogo, não passou do meio campo. O Bragantino já fez isso contra varias outras grandes equipes brasileira, dentro e fora de casa.
O Flamengo, sob o comando de Tite, venceu as duas partidas, equilibradas, contra o Cruzeiro e o Vasco. Os apressados já disseram que as vitórias tiveram o dedo de Tite.
O Palmeiras, quarto colocado, voltou a vencer do jeito que mais gosta, por meio de escanteios cobrados por Raphael Veiga. Além de um atacante de mais qualidade, o time necessita diversificar as jogadas de ataque, uma das razões da queda.
O Atlético-MG, sob o comando de Felipão, já teve três momentos diferentes, sem mudar o desempenho. O primeiro com vários resultados ruins. O segundo com várias vitórias e, por ultimo, duas derrotas, no seu novo estádio, para o Coritiba e para o grande rival.
O Cruzeiro, com a vitória sobre o Atlético, aumentou a distância de quatro pontos para a zona de rebaixamento. Ficou mais tranquilo e confiante, apesar de ainda correr riscos. Contra o Atlético-MG, o time repetiu as atuações anteriores com a diferença que agora fez gol, com a colaboração do zagueiro do Galo. O cruzamento forte e de curva de William foi preciso, entre o goleiro e o defensor.
O São Paulo, já classificado para a Libertadores por ser o campeão da Copa do Brasil, quer terminar bem o Brasileirão. Dorival Junior, após ver a ótima atuação de James Rodrigues pela seleção colombiana contra o Uruguai, deve ter definido que ele tem de ser o titular, pelo centro, onde tem uma ótima visão de jogo e executa ótimos passes. Com isso, Lucas jogou contra o Grêmio pela direita, onde fica melhor, pela sua velocidade e dribles.
Além de Santos e Vasco, que estão na zona de rebaixamento, outros grandes clubes estão em perigo, como Corinthians, Inter, Cruzeiro e Bahia. O Inter tem alternado grandes e fracas atuações, muitos gols marcados e perdidos. Teve ótima chance de estar na final da Libertadores e não aproveitou por tantos gols perdidos contra o Fluminense.
A goleada por 7×1 do Inter contra o Santos foi para não esquecer o outro 7×1, um marco na história do futebol brasileiro, o início de grandes mudanças que precisam continuar.
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noticia por : UOL