Uma notícia recente está redefinindo nossa compreensão dos primeiros capítulos da história da humanidade. Cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, realizaram uma descoberta arqueológica e genética intrigante que envolve Homo sapiens e Neandertais.
Essa pesquisa revelou que o DNA humano já estava entrelaçado com uma linhagem de humanos primitivos extintos antes do encontro entre Homo sapiens e Neandertais na Eurásia.
Antes da interação entre Homo sapiens e Neandertais na Eurásia, os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia descobriram que o DNA humano já estava misturado com uma linhagem de humanos primitivos extintos.
Essa revelação sugere uma complexa rede de interações genéticas no passado distante, lançando uma nova luz sobre nossas origens.
Uma descoberta surpreendente é que até 6% do DNA Neandertal tem raízes nos humanos modernos. Isso desafia a visão tradicional de que a mistura genética ocorreu após a grande migração da África.
”Esta antiga linhagem de humanos modernos traz uma visão completamente nova para a evolução humana. A falta de sequências de DNA de fósseis antigos nos impede de compreender completamente a evolução inicial do Homo sapiens na África”, afirma Daniel Harris, pesquisador na Universidade da Pensilvânia.
A presença de traços genéticos africanos nos Neandertais sugere que as interações entre diferentes grupos humanos ocorreram muito mais cedo do que se acreditava.
Imagem: Yandex/Reprodução
Complexidade dos movimentos pré-históricos
Essa descoberta desafia a narrativa convencional sobre a evolução humana, colocando em questão a ideia de que os Neandertais se misturaram aos Homo sapiens somente após a grande migração da África.
A presença de traços africanos nos Neandertais sugere uma história mais complexa dos movimentos pré-históricos e das interações entre grupos humanos em diferentes partes do mundo.
Além disso, a pesquisa lança luz sobre o processo de seleção natural. É notável que a maioria do DNA humano moderno encontrado no genoma Neandertal esteja localizada em regiões não codificantes.
Isso indica que a seleção natural, ao longo do tempo, trabalhou para eliminar genes prejudiciais à aptidão física. Essa descoberta destaca como a evolução moldou a genética humana, eliminando genes que não conferiam benefícios.
Imagem: Yandex/Reprodução
Uma complexa teia genética
Essa descoberta vai além da interação entre Homo sapiens e Neandertais. Ela também revela uma complexa rede genética que envolve outros grupos humanos extintos, como os Denisovanos. Esses encontros e cruzamentos moldaram a evolução humana de maneiras complexas e imprevistas.
A pesquisa realizada pela Universidade da Pensilvânia está reescrevendo o início da história da humanidade, desafiando conceitos estabelecidos sobre quando e como as diferentes linhagens humanas interagiram e se misturaram.
Essa descoberta não apenas nos proporciona uma visão mais rica de nossa história genética, mas também destaca como os seres humanos, apesar de suas diferenças, estão conectados por uma intrincada rede de parentesco genético.
A evolução humana é uma narrativa mais complexa e fascinante do que imaginávamos, e a pesquisa continua a revelar segredos enterrados no DNA de nossos antigos ancestrais.
noticia por : R7.com