Polícia Civil/Reprodução
Hugo Florêncio de Castilho teve prisão mantida
JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
O juiz substituto João Francisco Campos de Almeida manteve a prisão do advogado Hugo Florêncio de Castilho e do empresário João Bosco da Silva, que foram detidos nessa quinta-feira (19) por envolvimento em fraudes na prestação de serviços à Saúde Pública de Sinop (500 km da Capital). O esquema teria movimentado cerca de R$ 87 milhões.
Hugo Castilho era o ‘braço direito’ do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, que também foi preso na ação. João Bosco também fazia parte do esquema.
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Os dois tiveram a prisão preventiva decretada no âmbito da Operação Cartão-Postal, deflagrada pela Polícia Civil. Eles passaram por audiência de custódia, o magistrado não viu irregularidades e manteve o advogado e o empresário presos.
Operação Cartão-Postal
Com base nas investigações, identificou-se a atuação de uma suposta organização criminosa, que seria bastante estruturada, com clara hierarquia, divisão de tarefas entre seus componentes e que teria um sofisticado esquema de atuação em conexão com o Poder Público Municipal, cujo objetivo principal era fraudar de modo consistente a prestação do serviço de saúde na cidade, para auferir lucro e realizar diversos repasses financeiros aos líderes do esquema.
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Foi verificado que a organização social, que hoje gerencia a pasta da Saúde de Sinop, teria sido especialmente ajustada para assumir a prestação do serviço de forma precarizada, tendo em vista diversas alterações formais que aconteceram em sua composição no mesmo período em que disputava a dispensa de licitação para assumir tais atividades, entre maio de junho de 2022.
Essa organização social voltou a vencer dispensas de licitação ocorridas entre outubro e novembro de 2022 e entre abril e maio de 2023, de modo que continua a atuar na cidade até hoje.
Outros alvos
Na operação também foram presos o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, o advogado Hugo Florêncio de Castilho, Jefferson Geraldo Teixeira, Roberta Arend Rodrigues Lopes, Elisangela Bruna da Silva e João Bosco da Silva.
Ainda nesta ação policial, foi pedido o afastamento parcial do procurador do Munícipio, Ivan Schneider. Com a medida, ele não poderá expedir pareceres, despachos, portarias, dentro outros atos relacionados especificamente à Saúde de Sinop.
A secretária de Saúde, Daniela Galhardo, também teve o afastamento decretado. Ela foi exonerada pelo prefeito de Sinop, Roberto Dorner (Republicanos).
Outros investigados são Fabíula Martins Lourenço, Ângela Maria Pitondo de Oliveira; Deise Juliani, Helena Maria Santos Barbosa; Bruno Borges; Adriana Teixeira Martins e Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves Preza.
Todos deverão cumprir medidas cautelares, como a proibição de acesso às dependências administrativas da Saúde e do Instituto de Gestão de Políticas Públicas – IGPP.
FONTE : ReporterMT