POLÍTICA

AL cita lotação de hospitais e sugere que aulas não sejam retomadas em MT

ALLAN MESQUITA
Da Redação – Folha Max

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), avaliou que não existe condições para a retomada das aulas presencias diante da alta nos casos de Covid no Estado. Nesse cenário, o paramentar adiantou que o Legislativo deve emitir uma recomendação para que o Governo do Estado recue com o retorno das atividades nas escolas, prevista para o dia 8 de fevereiro.

“Eu acho que do jeito está hoje, as aulas não devem voltar. Vamos ver se vai continuar nesses níveis altos até o final de janeiro. No momento, Mato Grosso aparece no vermelho em todas as apresentações e estamos em alerta. Por isso, se tiver nessas condições não dá para voltar as aulas e aí nós vamos fazer essa sugestão para o governador e para o secretário de Educação”, declarou nesta quinta-feira (7).

Vale recordar que as aulas presenciais foram suspensas em março de 2020, ainda no início da pandemia. Na rede estadual, que conta com aproximadamente 450 mil estudantes, as escolas públicas retomaram as aulas de forma remota no dia 3 de agosto, por meio da plataforma digital, e off-line, com apostilas para quem não tem acesso à internet.

Já na última testa terça-feira (5), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) estabeleceu que o retorno das aulas aconteceria no esquema de revezamento. Primeiro voltam os professores, diretores e assessores, que terão uma semana pedagógica para fechar o planejamento de 2021.

Já no dia 8 de fevereiro será a vez dos alunos voltarem às escolas. As unidades terão que respeitar as medidas de combate a covid-19 com uso de álcool em gel e distanciamento mínimo.

No entanto, para Botelho, a retomada ainda é arriscada. Isso porque nesta quarta-feira (6), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou 185.745 casos e 4.619 óbitos por Covid-19. Só nas últimas 24 horas foram 2.072 novas infectados em todo Estado.

Além disso, as projeções apontam para uma “explosão” de casos para a segunda quinzena de janeiro, que conforme os especialistas, será o resultado das aglomerações provocadas nas festas de fim de ano. “Nossa preocupação é que está crescendo o número de pessoas infectadas e a contaminação voltou a aumentar. Eu falei ontem com a diretora da Santa Casa e ela falou que a lotação já está no limitada, com 90% de ocupação e isso é muito preocupante”, concluiu.

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