Nos últimos meses, o desenvolvimento da inteligência artificial e suas consequências para a sociedade têm puxado debates e até virado memes. Não será de estranhar se esse for tema das redações dos grandes vestibulares, como o Enem, que acontece em 5 e 12 de novembro e cobra um texto dissertativo-argumentativo.
“Prever exatamente qual será a redação é impossível, mas os estudantes devem estar antenados às temáticas da atualidade para caprichar no repertório de argumentos”, diz Julia Ferreira, coordenadora da plataforma Redação Nota 1.000.
Para ajudar o candidato a se preparar, o professor Nilson Sá Costa Filho, líder de projetos de inovação da Escola Crescimento, elencou três abordagens possíveis e alguns pontos que podem ser explorados na elaboração de uma boa redação.
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Futuro do trabalho
“A inteligência artificial tem o potencial de otimizar muitas tarefas desempenhadas por humanos. Explorar a interação com sistemas de IA pode ser uma discussão interessante. Os estudantes podem analisar os benefícios e os desafios dessa relação para suas futuras profissões, identificando setores que podem ser mais afetados e refletindo sobre as habilidades necessárias para se adaptar a esse cenário.”
Ética da inteligência artificial
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“É possível discutir as implicações éticas do uso de tecnologias como o ChatGPT. A utilização de plataformas com IA envolve a coleta e o processamento de dados dos usuários. Então, questões como privacidade e responsabilidade podem ser abordadas. Nessa discussão, os alunos podem explorar os desafios relacionados à privacidade e à segurança desses dados. Também é possível abordar a importância de regulamentações e políticas de proteção de dados para além da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). É sempre bom considerar as vantagens e as desvantagens dessas tecnologias e como elas podem impactar a sociedade.”
Impacto no processo educacional
“Outra possibilidade é discutir como a tecnologia pode ser usada como ferramenta complementar na sala de aula, auxiliando os estudantes em pesquisas e resolução de problemas e estimulando sua criatividade. Além disso, questões sobre a dependência excessiva de telas e a importância do pensamento crítico também podem ser abordadas. Vale lembrar que essas tecnologias não substituem o papel dos educadores. O professor continua sendo fundamental para a criação de um ambiente de aprendizagem significativo e para o estabelecimento de conexões pessoais com os alunos.”
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noticia por : R7.com