MUNDO

Micro e pequenas empresas ainda não se digitalizaram e perdem competitividade

Mais da metade das micro e pequenas empresas (MPEs) do país ainda não digitalizaram seus processos e nem sabem como realizar a transição para a transformação digital.

É o que diz um levantamento feito pela DocuSign a pedido do Sebrae-SP e que será divulgado nesta segunda-feira (16).

No estudo, 96% das MPEs consideram que a transformação digital é importante para seu segmento e porte, no entanto, 53% indicaram que o processo ainda não foi incorporado ao dia a dia da empresa.

Atualmente, quase 30% do PIB brasileiro vem das atividades de micro e pequenas empresa, segundo o Sebrae. São mais de 8 milhões de empreendimentos nesse perfil e que geram 52% dos empregos do país.

Com muitos dos processos internos ainda físicos, a tendência de digitalização é um dos desafios dessas empresas, sobretudo na gestão de contratos. O Sebrae-SP afirma que a otimização dos produtos e serviços melhoraria a competitividade.

“Após o período pandêmico, a digitalização se tornou um caminho sem volta. Hoje, ainda que de forma não consistente e integrada, as MPEs usam recursos digitais para facilitar seus processos e alavancar seus negócios”, diz Richard Hudson, vice-presidente de vendas da DocuSign.

O levantamento também descobriu que 10% das micro e pequenas empresas mais recentes nasceram com foco em tecnologia —um reflexo da demanda no período pandêmico, em que produtos e serviços tiveram de ser adaptados para o mundo remoto.

Embora a digitalização avance aos poucos entre as MPEs, os empreendedores ainda não possuem um plano para a adoção de novas tecnologias. Os desafios vão desde o planejamento, implementação e alocação de verba, até o monitoramento de mercado e tendências para garantir os benefícios da digitalização.

Processos simples como adoção de ferramentas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM), sistemas de planejamento, automação de marketing e assinatura eletrônica ainda não foram adotados por parte das MPEs.

A gestão de contratos, por exemplo, ainda é feita no formato físico por mais da metade das companhias (55%). Para o Sebrae-SP, isso pode gerar ineficiências como atrasos, problemas com renovações, riscos de não-conformidade e perda de oportunidades.

Entre os empreendedores que implementaram contratos digitais (33%), a maioria ainda não está com os processos integrados. Nesses casos, a maioria deles afirmaram que editores de textos estão instalados em máquinas locais, enquanto apenas 12% dos entrevistados disseram utilizar ferramentas colaborativas em nuvem.

Para obter os resultados, a DocuSign coletou dados de 1.061 empreendedores que são clientes do Sebrae-SP em todas as regiões do país.

Com Diego Felix


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noticia por : UOL

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