No anúncio feito durante a 20ª reunião plenária do Fórum Pix, o Banco Central (BC) do Brasil informou que o tão aguardado Pix automático, um mecanismo destinado a simplificar os pagamentos recorrentes por meio do Pix, teve seu lançamento adiado para o final do próximo ano. Anteriormente, a previsão era para abril do mesmo ano.
O BC justificou o adiamento para outubro de 2024 com base na complexidade do projeto e no desenvolvimento de várias funcionalidades. Esse recurso inovador permitirá pagamentos periódicos de forma automatizada, com autorização prévia do usuário pagador.
Em agosto deste ano, imagens divulgadas deram uma visão de como essa função vai funcionar. Embora se assemelhe ao débito automático em conta corrente, o Pix automático trará algumas mudanças importantes na segurança e na forma de utilização.
Promete ser um grande benefício para assinantes de serviços como plataformas de streaming, jornais, academias e outros que realizam pagamentos mensais em datas específicas.
É importante destacar que todas as transações serão realizadas com base na autorização do pagador, o que adiciona uma camada de segurança.
Além disso, os bancos tradicionais, bancos virtuais e as fintechs terão a oportunidade de implementar recursos de gestão de gastos com base nas movimentações do Pix. Isso permitirá aos usuários um maior controle sobre suas finanças e gastos recorrentes.
Pix: o queridinho do Brasil
O Pix rapidamente se tornou um dos principais meios de pagamento e transferência de dinheiro no Brasil. De acordo com o BC, durante o ano de 2022, cerca de 2,9 bilhões de transações foram realizadas por meio do Pix, o que representou um aumento expressivo de 107% em comparação com o ano anterior.
Imagem: LightRocket/Getty Images
Embora o lançamento oficial do Pix automático ainda não tenha ocorrido, já temos algumas informações sobre como ele funcionará. Segundo Heitor Barcellos, especialista em Open Banking, o pix automático terá as seguintes características:
1. Solicitação de aprovação via consentimento no app do banco
Os usuários serão solicitados a aprovar cada pagamento automático por meio de seu aplicativo bancário. Isso garantirá que o controle permaneça nas mãos do pagador.
2. Assinaturas com ou sem data de fim
Os pagamentos automáticos poderão ser configurados como assinaturas com ou sem data de término. Isso permite flexibilidade para diferentes tipos de serviços, como assinaturas de celular ou jornais.
3. Valores fixos vs. valores variáveis
O Pix automático acomodará tanto pagamentos com valores fixos, como contas de luz, quanto pagamentos variáveis, como planos de internet.
4. Limites para aprovação automática
Transações com valores superiores a um limite estabelecido, por exemplo, contas de telefone acima de R$ 200, solicitarão a aprovação do usuário por meio de notificação push. Transferências bancárias de valores menores serão aprovadas automaticamente.
5. Gestão das assinaturas
Os usuários terão a capacidade de desativar serviços de pagamento automático a qualquer momento, oferecendo um controle completo sobre suas assinaturas.
Uma interface amigável
Embora o BC ainda não tenha lançado oficialmente, capturas de tela vazadas indicam como a interface dessa novidade poderá ser. Os correntistas serão notificados quando uma solicitação de pagamento automático for feita e poderão analisar os detalhes antes de aprovar os pagamentos mensais.
O Pix automático é uma aguardada inovação que promete simplificar significativamente os pagamentos recorrentes no Brasil. Embora o adiamento tenha sido uma surpresa desapontadora para muitos, ele reflete o compromisso do Banco Central em garantir que o sistema seja robusto e seguro.
Com o sucesso do Pix no país, espera-se que o automático seja amplamente adotado quando finalmente estiver disponível em outubro de 2024, trazendo maior comodidade e controle financeiro para os brasileiros.
noticia por : R7.com