DA REDAÇÃO – MÍDIA NEWS
O governador Mauro Mendes (DEM) encaminhou, nesta terça-feira (5), um projeto de lei à Assembleia Legislativa pedindo autorização para fazer a troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o BRT (ônibus de trânsito rápido).
De acordo com o presidente do Legislativo, deputado Eduardo Botelho (DEM), Mendes pediu urgência na matéria e a Casa deve fazer um esforço para votar o projeto ainda nesta semana.
Os parlamentares, que estão de férias desde meados de dezembro, retornaram à Casa hoje para votar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. Após a votação, eles retornam ao descanso e só iniciam o ano a partir de 1º de fevereiro.
No projeto, Mendes acrescenta artigos a lei de 21 de novembro de 2011 que estabeleceu a construção do modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande.
“Fica o Poder Executivo autorizado a assinar termo aditivo e/ou outro instrumento legal com a Caixa Econômica Federal para substituir a solução de mobilidade urbana de Veículo Leve sobre Trilhos por Bus Rapid Transit, movido igualmente a eletricidade”, afirma Mendes na lei.
Botelho afirmou que a medida entrará em tramitação ainda nesta terça.
“Vamos analisar e ver se vai dar tempo de votar”, disse Botelho à imprensa.
“Eu acredito que o BRT é melhor. O Governo fez uma decisão técnica, uma decisão que, na verdade, está recolocando o modal que foi recomendado lá atrás. Todo mundo sabe como foi mudado esse modal. Foi feito através de corrupção”, disse.
Questionado sobre as ações do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) contra a troca, Botelho disse que a Justiça deve negar todos.
“Eu acho que todos que se sentem insatisfeito com algo, o caminho natural é a Justiça. Ele já está tendo a resposta da Justiça, que está negando todos os pedidos e tenho certeza que todos vão ser negados”, afirmou.
A troca
Conforme o governador Mauro Mendes, a obra do VLT é inviável.
O Veículo Leve sobre Trilhos precisaria de mais R$ 763 milhões para ser finalizado. Já o BRT, necessita apenas de R$ 430 milhões para ser implantado.
A tarifa, é outra vantagem do BRT, segundo Mendes. O custo deve ser de R$ 3,04, enquanto do VLT poderia chegar a R$ 5,28.
Além disso, com o BRT será possível fazer a arborização da Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA.
Também será possível implementar ciclovia nos canteiros centrais.
