Geraldo Magela/Agência Senado
Wellington Macedo de Souza foi condenado a seis anos de prisão por tentar explodir uma bomba nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
Geraldo Magela/Agência Senado
Wellington Macedo de Souza foi condenado a seis anos de prisão por tentar explodir uma bomba nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues teria pego carona com um desconhecido, quando foi instalar um artefato explosivo em um caminhão nos arredores do Aeroporto de Brasília. Pelo menos é o que diz o blogueiro Wellington Macedo de Souza, que também foi condenado pela Justiça por participação no caso, justamente levando o mato-grossense ao local.
Conforme o relato de Wellington à Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que investiga os atos extremistas registrados na Capital Federal, no dia 24 de dezembro, Alan Diego ligou para Wellington pedindo uma carona para chegar ao aeroporto.
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“Chegando lá (no aeroporto) ele não queria descer. Pediu para eu ir para Taguatinga Sul. A gente foi para o aeroporto cerca de três vezes”, contou.
“Ele estava com uma mochila, sacola de feira e sombrinha. Eu não vi o que tinha dentro. Quando voltamos para o aeroporto [pela terceira vez], ele pediu para estacionar perto do caminhão e lá tirou a caixa com o artefato e colocou no para-lama [do caminhão]”, afirmou.
Ainda de acordo com Wellington, após instalar o artefato no para-lama do caminhão-tanque, Alan Diego teria lhe dito que ia explodir o caminhão.
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“[Fiquei] em desespero, porque ainda tinha uma mochila no banco traseiro. Falei: ‘Como você faz isso comigo? Estou com uma tornozeleira eletrônica’. Disse que todo o percurso que foi feito estava registrado [na polícia]”, conta.
Conforme Wellington, Alan Diego mantinha consigo um controle parecido com o de um aparelho de ar-condicionado. O blogueiro relatou que tinha medo que Alan acionasse o dispositivo e explodisse o caminhão ou o próprio carro em que estavam. Conforme seu relato, Wellington foi “vítima de uma trama diabólica de dois homens [Alan e George] que não conhecia”.
Após o episódio, Wellington rompeu a tornozeleira eletrônica que usava e fugiu para o Paraguai por medo de ameaças de morte. Ele contou aos parlamentares que é “jornalista investigativo” e que a sua presença em acampamentos em frente a quartéis dos Exército tinha apenas “cunho profissional”.
Wellington estava foragido e foi preso no Paraguai no último dia 14. Questionado se teria recebido alguma ajuda para fugir do país, preferiu ficar em silêncio. Disse apenas que não teve ajuda de nenhum parlamentar.
Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa estão presos e foram condenados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
FONTE : ReporterMT