O diretor-executivo da ONG Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), Eduardo Ditt, esquivou-se de responder por que a organização para a qual trabalha recebeu R$ 45 milhões do Fundo Amazônia, abastecido com dinheiro de países que queimam combustíveis fósseis, entre eles, Noruega e Alemanha. O Ipê se apresenta como um grupo ambientalista.
Ditt foi interpelado pelo senador Marcio Bittar (União Brasil-AC), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o terceiro setor na floresta, sobre suposta “imoralidade” nessa questão.
Pressionado, Ditt ponderou que todos os países precisam optar por “fontes mais limpas” de energia.
ONG faltou ao primeiro chamado da CPI
Há duas semanas, a presidente do Ipê, Suzana Machado, faltou ao depoimento marcado pela CPI. A mulher alegou compromissos externos, entre eles, uma viagem à Bahia. O Ipê é responsável por criar unidades de conservação (UC). As UCs são áreas territoriais, incluindo seus recursos ambientais com características naturais relevantes, criadas e protegidas pelo poder público.
Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI, quer esclarecer o papel da ONG “como condutora do processo de criação de Unidades de Conservação no Baixo Rio Negro, inclusive como organizadora de outras ONGs participantes”.
O trabalho do Ipê envolveu a criação, iniciada em 2006, do Mosaico de Áreas Protegidas no baixo Rio Negro, uma gestão integrada de diversas unidades de conservação próximas.
Espera-se que a CPI vote um requerimento para convidar o presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.
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noticia por : R7.com