O wi-fi é algo que usamos todos os dias para fazer diversas tarefas essenciais do dia a dia. Mas você já se perguntou quem foi o inventor, ou melhor, a grande inventora dessa tecnologia revolucionária e que é parte fundamental de nossas vidas?
A pessoa por trás dessa inovação foi Hedy Lamarr — que, por incrível que pareça, não era cientista, mas sim uma atriz austríaca que atuou em diversos filmes nas décadas de 1930 a 1950.
Nascida em 1914, Hedy sempre teve sua curiosidade muito incentivada por seus pais, que a levavam a pensar sobre o funcionamento das engrenagens de máquinas e como inventar coisas novas. Além disso, com uma mãe pianista, foi apresentada bem cedo ao mundo das artes e participou de aulas de música e dança desde criança.
Aos 16 anos, começou a estudar teatro e logo conseguiu seu primeiro contrato para participar de um filme, mas foi com o longa-metragem Ecstasy, de 1932, que ela ganhou reconhecimento como atriz.
No ano seguinte casou-se com Fritz Mandl, um traficante de munições que tinha fortes ligações com os líderes alemães durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, o relacionamento não durou muito. A atriz contava que ele era extremamente controlador, abusivo e quase não a deixava sair de casa.
Durante os quatro anos do matrimônio ela foi a diversos jantares e encontros em que a elite nazista da época estava presente, o que a fez aprender muito sobre tecnologia militar.
Após o divórcio, fugiu para Londres, mas logo ganhou uma oportunidade de ir para Hollywood atuarcom os maiores artistas da época.
Para ajudá-la a desenvolver sua capacidade inventora, seu namorado, Howard Hughes, empresário ricaço e piloto muito famoso, colocou um pequeno conjunto de equipamentos para usar em seu trailer nos sets, o que a permitia trabalhar em seus projetos durante as filmagens.
Nesse período ela criou um sistema de melhoramento para semáforos e uma pastilha que, quando jogada na água, se dissolvia soltando um sabor parecido com refrigerantes de cola.
Com esse espírito inovador foi que a ideia do wi-fi surgiu. Durante um ensaio com o compositor George Antheil, na frente de seu piano, eles começaram a conversar sobre como se sentiam mal de estarem se divertindo enquanto inúmeras pessoas morriam em conflitos na Europa.
Segundo a Smithsonian Magazine, no meio do papo Hedy percebeu que quando um emissor e seu receptor dentro do instrumento mudassem constantemente de frequência, os dois poderiam se comunicar, sem serem interceptados.
Assim surgiu o início de um projeto que seria posteriormente utilizado para guiar torpedos para seus alvos na guerra. O sistema funcionava ao fazer com que o transmissor e o receptor pulassem para novas frequências juntos, sem interrupções.
Quando apresentada, a invenção foi recusada pela Marinha dos Estados Unidos, que não queria mudar seu método militar. Então, a ideia ficou esquecida até 1962, quando o Exército começou a usar sua técnica em Cuba, durante a Crise dos Mísseis e na Guerra do Vietnã.
A ideia do aparelho de frequência serviu de inspiração para a tecnologia moderna de comunicação, e foi importantíssima no desenvolvimento do “espectro alargado”, uma forma de usar frequências de rádio diferentes e que não interfiram entre si, mesmo conectadas sem fio. Sendo a base de serviços como o wi-fi, bluetooth, entre outros.
Mesmo sem receber o crédito na época, em 1997 Hedy foi reconhecida como a inventora do projeto e, com Antheil, ganhou o Prêmio Pioneer (o Oscar dos inventores).
Ela faleceu em 2000, devido a complicações cardíacas, mas em 2014 foi incluída no Hall da Fama da National Inventors pelo desenvolvimento da tecnologia de salto de frequência.
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noticia por : R7.com