O ex-deputado federal Deltan Dallagnol é o mais novo membro do Partido Novo. Ele anunciou a filiação à legenda na manhã deste sábado, 30.
Com a notícia, Dallagnol deixa o quadro de filiados do Podemos, partido pelo qual estreou na política no ano passado. Na eleição de 2022, ele foi o candidato a deputado federal mais bem votado do Paraná. Recebeu 344,9 mil votos.
Apesar da votação expressiva, Dallagnol, ex-procurador da República e ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, exerceu mandato parlamentar por poucos meses. Na noite de 16 de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, por unanimidade, o mandato dele como deputado federal.
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De acordo com o entendimento do relator do caso movido pelo PT e outros partidos da esquerda contra Dallagnol no TSE, ministro Benedito Gonçalves, o ex-chefe da Lava Jato tentou burlar a Justiça Eleitoral ao deixar o Ministério Público durante fase em que respondia a processos que poderiam, eventualmente, deixá-lo inelegível.
Derrotado no TSE, Dallagnol desistiu de brigar judicialmente na tentativa de voltar a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados ainda na atual legislatura. “A Justiça não vence no STF”, disse ele, ao anunciar, na semana passada, que não iriar acionar o Supremo Tribunal Federal nesse assunto.
Partido Novo comemora filiação de Deltan Dallagnol
Ao anunciar a filiação de Deltan Dallagnol, a direção do Partido Novo comemorou. Por meio de postagem no Instagram, a legenda o definiu como “reforço importante”.
“Deltan Dallagnol comandou a maior operação de combate à corrupção da história”, afirma a equipe do Novo, em postagem no Instagram. “E conseguiu um feito inédito no Brasil: colocar políticos e poderosos atrás das grades.”
Ao anunciar a filiação de Dallagnol, o Novo apresentou uma nova versão do slide de PowerPoint de que, segundo o então procurador, indicou o hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva como responsável de envolvimento de esquema de corrupção.
Na nova versão do material, é o próprio partido quem aparece como personagem central para questões como defesa da liberdade de expressão, em favor da liberdade religiosa e contra o aumento de impostos.
Apesar de ser definido como “reforço importante”, Dallagnol não poderá disputar as próximas eleições pelo Novo. Pelo entendimento do TSE, que o enquadrou na Lei da Ficha Limpa, ele está inelegível até 2029.
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noticia por : R7.com