Lalo de Almeida/Folhapress
Gaeco mira esquema da ‘lavagem de madeira’.
DO REPÓRTER MT
O Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nessa segunda-feira (25) a Operação Pectina com alvos em uma organização criminosa que atua realizando fraudes no uso de créditos florestais virtuais que beneficiaram empresas madeireiras no estado. Segundo os investigadores, o prejuízo para o Estado de Mato Grosso ultrapassa os R$ 2,3 bilhões.
Conforme as informações divulgadas pelo Ministério Público de Mato Grosso e pela Polícia Civil, as investigações tiveram início em 2017, quando a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os crimes após a operação Floresta Virtual. Em seguida, a Justiça Federal apontou que a competência de investigação era do Judiciário Estadual, quando a investigação foi repassada para o Gaeco.
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As investigações demonstraram que a organização criminosa agiu com a intenção de movimentar créditos fraudados para dissimular a madeira que era extraída ilegalmente. Os participantes do esquema recebiam as guias para “esquentar” o produto florestal em transações ocorridas exclusivamente pelo meio virtual.
“Os denunciados uniram-se com o propósito de praticar condutas lesivas contra o meio ambiente, consistentes, em síntese, na constituição de organização criminosa que operacionalizou empreendimentos madeireiros constituídos formalmente. Ou seja, não possuíam estrutura física, nem funcionários compatíveis para a emissão de guias florestais ideologicamente falsos”, detalhou o promotor de Justiça, Marcelo Vacchiano, da força-tarefa ambiental do Gaeco.
Ao todo, foram cumpridas ordens cautelares de sequestro de bens móveis e de valores contra 10 pessoas físicas e jurídicas que atuam nos ramos madeireiro e de transporte de cargas de madeira. As medidas judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Criminal Especializada contra o Crime Organizado da Comarca de Cuiabá.
FONTE : ReporterMT