APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O juiz Walter Tomaz da Costa, da 3ª Vara Criminal de Sinop, requisitou ao Estado uma vaga no Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho, em Cuiabá, para Lumar Costa da Silva, homem que matou a tia a facadas e arrancou seu coração. O crime aconteceu em 2019 e ganhou repercussão nacional, chocando pela crueldade do ato.
Em junho de 2022, a Justiça havia determinado que ele fosse internado em um hospital psiquiátrico em São Paulo, uma vez que foi considerado inimputável em razão de um transtorno psiquiátrico. Contudo, ele continua até agora em uma unidade prisional comum.
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Diante disso, a defesa de Lumar pediu que ele fosse transferido para a prisão domiciliar ou que tenha decretada a liberdade provisória, com a aplicação de medidas cautelares.
Na decisão, assinada em 30 de agosto, mas só publicada agora, o magistrado determinou que Lumar fique em uma unidade de saúde do Estado pelo período de um ano, sob observação médica. Quando faltar um mês para o fim desse prazo, conforme determinação do magistrado, o risco de periculosidade de Lumar deverá ser avaliado pelos médicos da unidade.
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“A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 01 ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos”, decidiu.
Somente depois dessa avaliação, em um ano, é que o juiz vai reavaliar o pedido da defesa para prisão domiciliar.
O crime
Lumar veio de São Paulo para o município de Sorriso, à procura de oportunidades e emprego, e se instalou na residência da tia, a vítima Maria Zelia da Silva Cosmos, que era evangélica e aceitou abrigá-lo até que ele estabilizasse.
Conforme consta nos autos, o comportamento do homem mostrou-se inadequado logo nos primeiros dias de convivência, vindo a causar certo desconforto à vítima. Em certa ocasião, enquanto Lumar ouvia música num volume muito alto, a tia pediu que e procurasse outro lugar para morar e uma grande discussão aconteceu.
No dia 2 de julho de 2019, ele foi até a casa da tia, já com o intuito de matá-la. Ele a encontrou sentada na área e chamou para conversar dentro da residência. Assim que ela entrou, totalmente desprotegida, o homem a surpreendeu com diversos golpes de faca.
Com a vítima no chão, Lumar dilacerou o peito dela e retirou o coração.
Ele ainda roubou dela R$ 800 em dinheiro e saiu do local com o coração em uma sacola plástica.
Então, o assassino foi até a residência da filha de Maria e colocou o coração sobre um tanque, contando o que havia acabado de fazer. Não satisfeito, roubou o carro da mulher e tentou fugir com a filha dela, uma menina de apenas 7 anos, por quem disse estar apaixonado.
Ele só desistiu do sequestro após a intervenção do tio da mulher.
Depois de sair do local, Lumar jogou o carro roubado em uma estação de energia e tentou colocar fogo no local, momento em que foi preso.
No dia 24 de junho de 2022, o juiz Anderson Candiotto, da comarca de Sorriso, concedeu absolvição sumária a Lumar.
FONTE : ReporterMT
