Jair Bolsonaro afirma que o PL pode ter candidato próprio a prefeito de São Paulo –o que frustraria a expectativa do MDB de que a legenda faça aliança com o prefeito Ricardo Nunes, que concorre à reeleição. “Está uma pressão grande do partido em cima de mim”, diz o ex-presidente.
QUEM MESMO?
Bolsonaro fez a afirmação depois que a coluna o questionou sobre a resposta que Nunes deu a uma estudante que, na semana passada, perguntou a ele sobre a proximidade com o ex-presidente.
EU?
Na pergunta, ela relembrou que a cidade de São Paulo teve “milhares de mortes durante a pandemia” de Covid-19. O prefeito então reagiu: “Eu? Do lado do Bolsonaro?”
BOCA FECHADA
“Eu vi as imagens [da resposta de Nunes à estudante]. Resolvi ficar quieto”, diz Bolsonaro.
PALAVRA
Em seguida, o ex-presidente afirmou: “Eu gosto dele [Nunes]. Mas não dei a palavra a ele ainda. Como não dei a palavra ainda para o Nunes, vamos supor que o PL tenha candidato próprio aqui [em São Paulo]. No segundo turno, o nosso candidato saindo fora, eu estaria com o Numes contra o outro, que vai ser de esquerda. Então é por aí”.
PALAVRA 2
A coluna insistiu: é o PL que defende candidatura própria, ou ele também concorda com essa ideia? “Olha, eu falei com o Valdemar [Costa Neto, presidente do PL] que eu gostaria que no Brasil todo, onde tivesse segundo turno, nós tivéssemos candidatura própria. Até para reforçar a bancada de vereadores. E ficaria já acertado o apoio ao Nunes no segundo turno, ou dele ao nosso candidato, se o nosso é que for para a segunda rodada. Estaríamos juntos, de graça. Essa aqui é a intenção nossa”.
ESCANCARADO
Na semana passada, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, que hoje advoga para Bolsonaro, escancarou o descontentamento de apoiadores do ex-presidente com Ricardo Nunes, que, na visão deles, evitaria assumir a proximidade com o ex-presidente.
GAFANHOTOS
Depois do episódio da estudante, Wajngarten afirmou que “o Bolsonaro e o bolsonarismo são uma usina de votos”. E completou: “Ninguém se apropriará dos votos, matéria-prima eleitoral, e deixará Bolsonaro fora da mesa e da fotografia. A era dos gafanhotos acabou”.
BALANÇA
Segundo o Datafolha, 13% dos paulistanos afirmam que votariam “com certeza” em um candidato indicado por Bolsonaro. Já 68% dizem que “não votariam de jeito nenhum” em alguém apoiado por ele.
CASA ABERTA
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, foi recepcionada pelos curadores Grada Kilomba, Hélio Menezes e Diane Lima, da 35ª Bienal de São Paulo, no coquetel de abertura da mostra, realizado na capital paulista, na semana passada. A secretária estadual de Cultura de São Paulo, Marilia Marton, esteve lá. A atriz e diretora Bárbara Paz também compareceu.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
noticia por : UOL