MUNDOTECNOLOGIA

Projeto Gemini: como o filme com Will Smith revoluciona o cinema

rojeto Gemini é o trabalho mais recente do diretor Ang Lee e do ator Will Smith. Mas não é a dupla que torna o filme tão interessante. Feito para ser exibido em 3D+, a 120 quadros por segundo em resolução 4K, o filme promete ser um marco na indústria cinematográfica, ao mostrar Henry (Smith) lutando contra seu próprio clone.

Gravado com uma câmera Alexa XT M, capaz de registrar imagens em até 120 fps, Ang Lee precisou pensar o filme de maneira inovadora. Com mais quadros por segundo, é possível capturar mais detalhes, o que tornaria inviável utilizar enquadramentos mais convencionais. Isso obrigou o cineasta a optar por enquadramentos mais fechados ou cenas mais abertas, para que cada elemento pudesse fazer a diferença.

A tecnologia utilizada no filme é tão avançada que, nos Estados Unidos, apenas 14 cinemas poderão exibir o filme a 120 quadros. Porém, nem nestes casos ele será visto com todo o seu potencial, uma vez que essas salas projetam em resolução de 2K.

Ang Lee e Will Smith (Fonte: IMDb/Reprodução)
Ang Lee e Will Smith (Fonte: IMDb/Reprodução)

Mas e o clone?

O filme também traz avanços na construção de dublês digital e, de acordo com o supervisor de Weta VFX, Guy Williams, este processo apresentou dificuldades muito específicas. “Parte do desafio foi a juventude de Will Smith”, explica Williams para a IndieWire. “Isso foi excepcionalmente difícil porque Will Smith envelheceu muito bem. Não há muitas linhas de rugas para deixar evidente o que há de novo nele. Então tivemos que mergulhar profundamente na compreensão do que a juventude realmente significa”.

Diferente do que normalmente acontece, os poucos traços de envelhecimento no ator, exigiram que a equipe de efeitos especiais precisasse ir além do padrão para trazer alguma diferença perceptível. Foram necessários realizar pequenas modificações na pele, nos lábios e nos olhos, para que o público pudesse notar que o clone era realmente uma versão mais jovem de Will Smith.

Por fim, foi necessário realizar algumas mudanças no ritmo da luta, para que não ficasse a impressão de que todos os movimentos eram coreografados. “Fizemos o mocap [captura de movimentos] de toda a luta, combinamos tudo e depois entramos lá e começamos a mudar o tempo dos golpes para que não parecesse que havia um ritmo na luta”, disse Williams.

O "clone" de Will Smith em Projeto Gemini (Fonte: IMDb/Reprodução)
O “clone” de Will Smith em “Projeto Gemini” (Fonte: IMDb/Reprodução)
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