DO REPÓRTER MT
O investigador da Polícia Civil Leonel Constantino de Arruda foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), nesta quarta-feira (6), pelo homicídio duplamente qualificado de Anderson Conceição de Oliveira. O MP ainda pediu que seja estabelecida uma indenização por danos materiais e morais aos familiares da vítima.
O promotor de Justiça Vinicius Gahyva Martins, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá, ainda pediu a decretação da prisão preventiva do policial. O homicídio é duplamente qualificado por ter sido cometido por meio que impossibilitou a defesa da vítima e por perigo comum, já que os tiros foram disparados em via pública.
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Como noticiado à época pelo RepórterMT, o crime aconteceu no dia 6 de maio de 2022, próximo à 1ª Delegacia de Cuiabá, no Centro da cidade. Anderson foi até a delegacia, localizada na Avenida Prainha, para registrar um boletim de ocorrência por extravio de documento.
Durante checagem no sistema policial, foi constatado que ele tinha um mandado de prisão em aberto. A prisão havia sido decretada pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, pela condenação por crime de roubo majorado. Desde então, Anderson era considerado foragido da Justiça.
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Ao receber voz de prisão, Anderson saiu correndo da delegacia. O policial correu atrás e, durante a perseguição, acabou atirando no homem pelas costas, que caiu já morto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e apenas constatou a morte.
“Leonel Constantino de Arruda, valendo-se de arma de fogo, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, matou Anderson Conceição de Oliveira, ao efetuar um disparo certeiro na cabeça”, narrou o promotor de Justiça na denúncia.
“Verifica-se que a conduta do denunciando resultou perigo comum, porquanto vulnerou a ilesibilidade física de número indeterminado de pessoas, ou seja, não apenas de pedestres como de outros indivíduos que conduziam seus veículos pela via, porquanto efetuou disparo de arma de fogo em plena luz do dia, às 10h32min, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), via pública conhecida pela grande movimentação de transeuntes”, pontuou Vinicius Gahyva.
Para o promotor, o crime ainda foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida pela “extremada violência empregada na conduta hedionda” do investigador de polícia, que deu um tiro certeiro e pelas costas.
FONTE : ReporterMT
