DO REPÓRTERMT
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso nesta quarta-feira (06), onde entregou uma série de documentos que, segundo ele, comprovam que a gestão do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Capital, teria causado um rombo de R$ 183 milhões. O presidente do Legislativo Estadual, Eduardo Botelho (União), prometeu encaminhar os documentos às comissões responsáveis para análise.
Em resposta, a interventora Danielle Carmona, por meio de nota, classificou a denúncia como “irresponsabilidade” e “mais uma das falácias” de Emanuel. “Enquanto o prefeito perde tempo com devaneios, a equipe de intervenção trabalha”, afirma.
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Segundo Emanuel, despesas realizadas e pagas sem registro de execução orçamentária, financeira e contábil, no valor de R$ 126,6 milhões sem empenho prévio. Além disso, o Governo Estadual teria passado R$ 70 milhões a mais para a SMS em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, haveria um passivo de R$ 57 milhões nos últimos cinco meses.
O prefeito apontou ainda que o Gabinete de Intervenção acumula R$ 46,6 milhões em dívidas e mais R$ 10,3 milhões em direitos trabalhistas e tributos juntos à União.
Segundo o Gabinete de Intervenção, as acusações do prefeito são infundadas e são mais uma tentativa de “esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente, na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde”.
Na nota, o Gabinete recorda que a intervenção foi decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado após pedido do Ministério Público, que apontou a existência de irregularidade na gestão da pasta, “como falta de médicos e de medicamentos nas unidades de saúde”.
“A equipe de intervenção tomará todas as medidas cabíveis contra as acusações mentirosas feitas pelo prefeito”, conclui a nota.
Leia a íntegra abaixo:
NOTA À IMPRENSA
O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde de Cuiabá repudia a irresponsabilidade do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, ao fazer acusações infundadas, nesta quarta-feira (06.09).
A intervenção foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em março deste ano, após pedido do Ministério Público do Estado, que apontou diversas irregularidades na saúde da capital, como falta de médicos e de medicamentos nas unidades de saúde.
O gabinete considera ser mais uma das falácias do prefeito, que tenta esconder o mar de lama em que se encontra sua gestão, principalmente, na saúde, que já foi alvo de oito operações policiais, que culminaram na prisão de três secretários municipais de Saúde.
Enquanto o prefeito perde tempo com devaneios, a equipe de intervenção trabalha. Prova disso são as seguintes entregas:
• Mais uma UPA para atendimento à população no Jardim Leblon;
• Milhares de cirurgias sendo realizadas por mês;
• Reativação das salas de vacinação e garantia de vacinas nas unidades;
• Implantação do serviço de hemodinâmica no Hospital São Benedito;
• Restabelecimento do serviço de raio-x nas upas;
• 27 leitos de UTI reabertos nos hospitais municipais;
• Farmácias de todas as unidades de saúde abastecidas com estoque para 30 dias;
• Implantação da central de biópsias;
• Regularização dos débitos trabalhistas da Secretaria Municipal de Saúde: salário, férias, rescisões, plantões extras e prêmio-saúde pagos rigorosamente em dia;
• Convocação e nomeação de 221 médicos aprovados no concurso.
Além disso, o Gabinete de Intervenção está fazendo a implantação do Centro Médico Infantil, fará reforma de 30 unidades de saúde e está negociando com as empresas com quem a prefeitura tinha pendências para que as obras abandonadas de unidades básicas de saúde sejam retomadas.
A equipe de intervenção tomará todas as medidas cabíveis contra as acusações mentirosas feitas pelo prefeito.
FONTE : ReporterMT
