A maioria dos micro e pequenos industriais está pouco informada ou não ouviu falar sobre a Reforma Tributária, segundo pesquisa Simpi/Datafolha.
São 12% os que não ouviram falar sobre o tema e 44% os que estão pouco informados sobre a questão.
De acordo com o levantamento, 72% dos dirigentes das micros e pequenas indústrias acreditam que a Reforma Tributária será aprovada pelo Congresso, enquanto 20% avaliam que não será.
Para 31% dos entrevistados, a Reforma não irá beneficiar nem prejudicar o próprio negócio; 22% veem benefícios; 27% acham que irá prejudicar; e 18% não têm opinião sobre o impacto das mudanças na sua empresa.
Em relação ao setor industrial como um todo (incluindo aqueles fora do Simples), são 31% os que afirmam ver benefícios.
A pesquisa foi realizada por telefone, mediante aplicação de questionário, de 11 a 31 de julho, com 702 micro e pequenas indústrias em todo o país. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
De acordo com o Simpi, os dados mostram a necessidade de esforços para informar melhor o setor diante da complexidade das mudanças propostas.
Folha Mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.
“Os empresários ainda têm um grande desconhecimento em relação ao que está sendo discutido no Congresso. É uma questão altamente técnica. Tem profissionais da mais alta estirpe que ainda estão discutindo entre eles se vai ter ou não aumento de carga tributária”, afirma Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).
Segundo Couri, 90% dessas empresas estão no limite da sua capacidade financeira, com capital de giro insuficiente ou no limite para fechar o mês, de acordo com outro levantamento da entidade. Por isso, a apreensão diante das dúvidas sobre como ficará a carga tributária.
“Esse empresário está preocupado se vai aumentar a despesa tributária ou vai diminuir, se vai ter dinheiro para pagar [os tributos]”, afirma.
Couri diz ser positiva a previsão no texto da reforma de que as empresas do Simples poderão escolher entre recolher os novos tributos dentro da guia única ou separadamente, com a possibilidade de compensação de créditos tributários.
Afirma, no entanto, que o Congresso também precisa discutir propostas para elevar o limite de enquadramento do Simples que está há cerca de seis anos em R$ 4,8 milhões de faturamento ao ano.
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.
noticia por : UOL