DA REDAÇÃO – MÍDIA NEWS
Presidente estadual do DEM, o ex-deputado federal Fábio Garcia afirmou nesta terça-feira (1º) que não vê a vitória de Emanuel Pinheiro (MDB) em Cuiabá como uma derrota do Palácio Paiaguás.
Nas eleições municipais, o governador Mauro Mendes (DEM) apoiou os candidatos derrotados Roberto França (Patriota), no primeiro turno, e Abílio Júnior (Podemos), no segundo turno, e fez forte oposição à reeleição de Emanuel.
“Não representa uma derrota do Paiaguás. Ganhamos em alguns municípios e perdemos em outros. Faz parte. O simples apoio de alguém não define que o candidato irá ganhar. A população é muito independente e o apoio não define o voto”, avaliou.
Garcia destacou, ainda, que não percebe um enfraquecimento político do governador por conta do resultado das eleições. De acordo com ele, a população é “muito lúcida e independente”, sabe diferenciar apoios de candidatos.
“Não tem enfraquecimento nenhum. O governador tem mais de 80% de aprovação em Cuiabá, é um governador que consertou o Estado, lançou o maior programa de investimento da história de Mato Grosso, deve ser um dos melhores governadores da história de Mato Grosso ao finalizar o mandato”, disse.
Respeito ao resultado
O democrata afirmou, ainda, que respeita o resultado das urnas e que espera que Emanuel faça um mandato melhor do que a primeira gestão à frente do Palácio Alencastro.
“Espero que ele faça o melhor mandato possível, porque é bom para todos os cuiabanos, e que ele o faça seguindo os princípios constitucionais de um administrador público, que é moralidade, legalidade, transparência, eficiência e publicidade”, disse.
Garcia afirmou que vê hoje uma Capital dividida, uma vez que o emedebista venceu com pouco mais de 51% dos votos e que mantém a sua opinião sobre o adversário.
“Acredito que a maioria da população já definiu que ele tenha feito uma boa administração. Eu continuo com a mesma opinião que eu tinha. Apenas reconheço o resultado das urnas”, afirmou.
Eleição polarizada
Para o presidente do DEM, a eleição ficou muito polarizada porque a população queria ver o embate entre a questão do paletó e o vereador que combateu isso durante todo o mandato, razão pela qual escolheu Abílio e Emanuel para o segundo turno.
Ele enalteceu a votação expressiva que o vereador conseguiu nas urnas, reconheceu que mais experiência poderia ter conduzido Abílio a um resultado diferente, mas disse que prefere não ficar analisando fatos passados.
“Eleição é um conjunto de fatores. Muitas vezes, ganha quem acerta mais ou quem erra menos. Há que se reconhecer que o Abílio era um vereador de um mandato e conquistou quase 49% dos votos. Houve uma votação muito expressiva. Teve uma brilhante performance nessa eleição”, avaliou.
“Experiência é sempre bom, não há dúvida nisso. Talvez, se ele tivesse mais experiência, ele faria algumas coisas diferentes e o resultado poderia ser outro. Mas prefiro reconhecer o resultado das urnas e que o Abílio teve uma expressiva votação e surpreendente”, concluiu.