POLÍTICA

Depois de reunião, Gisela minimiza machismo e diz que se surpreendeu com Abílio

RAYNNA NICOLAS
REDAÇÃO – HIPER NOTÍCIAS

A ex-superintendente do Procon Gisela Simona (Pros) disse ter ficado surpresa com a postura do candidato à prefeitura de Cuiabá, Abílio Júnior (Podemos), durante reunião que tiveram nesta terça-feira (17). No primeiro turno das eleições, Gisela ficou em terceiro lugar, conquistando quase 20% do eleitorado cuiabano. Nesta segunda fase, Abílio e o adversário, Emanuel Pinheiro (MDB), brigam por seu apoio.

Gisela deve anunciar o escolhido apenas na quarta-feira (18), mas esteve reunida com os dois candidatos ouvindo suas propostas. Segundo ela, a conversa com Abílio foi incisiva. “Ele até me surpreendeu no sentido de entender os problemas. Eu fui bastante dura em alguns pontos”, revelou.

Durante a campanha do primeiro turno, os dois entraram em um embate quando o candidato do Podemos disse que Gisela era uma boa opção, “apesar de ser mulher”. Abílio também defendeu a extinção da Secretaria Municipal da Mulher.

“O Abílio falou que está aberto a repensar a questão da Secretaria da Mulher e de repensar essa postura machista que deve ser corrigida. Isso, de certa forma, nos alimenta de esperança”, contou.

Em relação à conversa com Emanuel Pinheiro, o principal ponto destacado por Gisela foi a transparência da gestão. Nos últimos quatro anos, a gestão do atual prefeito protagonizou o afastamento de diversos secretários sob suspeita de corrupção.

“Eu falei com ele em relação ao que aconteceu na gestão, qual é a posição dele, a questão de controle interno. Eu, particularmente, coloquei que o combate à corrupção na prefeitura começa com melhores mecanismos de controle e com pessoas concursadas que tem a responsabilidade da função e a resposta que eu tive dele é de que ele não manterá seu secretariado”, disse.

Neutralidade

Apesar da decisão delicada, Gisela disse que ficar neutra mandaria a mensagem errada à população e tiraria a importância do voto.

“A decisão não é fácil. Se fosse fácil, eu já tinha tomado, mas eu penso que o eleitor vai votar. Eu defendi a minha vida inteira que o eleitor tem que votar e a neutralidade dá um penso porque parece que você está falando para não votar ou votar nulo. A gente vai ter que exercer a democracia, então agora tem que se decidir”, defendeu.

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