Depois de informar que não poderia fazer a segurança da comitiva da CPI do MST, a Polícia Federal da Bahia (PF) recuou e deve fazer o policiamento durante a diligência dos parlamentares nas cidades de Prado e Porto Seguro, localizadas no sul do Estado.
A informação foi confirmada, na noite desta quarta-feira, 23, pelo relator da comissão, deputado Ricardo Salles (PL-SP). Conforme Salles, a Polícia Militar da Bahia e a Polícia Rodoviária Federal também vão cuidar da segurança dos membros do colegiado.
A diligência deve investigar as acusações de violência e de trabalho análogo à escravidão por parte de movimentos de sem-terra, sendo uma das mais esperadas da CPI.
Marcada para a manhã da quinta-feira 24, a viagem deve durar até a sexta-feira 25. Nesta tarde, o delegado da PF Flávio Márcio Albergaria Silva, superintendente-regional do Estado, havia comunicado a CPI que não é função da PF fazer a segurança de parlamentares durante qualquer diligência.
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O presidente da comissão, deputado federal Zucco (Republicanos-RS), acionou o ministro da Justiça, Flávio Dino, para que a PF revisse o posicionamento. Desse modo, o recuo aconteceu após a interferência do governo federal.
Os membros do colegiado alegaram que a PF fez a segurança dos parlamentares durante as diligências anteriores. Salles ainda destacou que a Bahia é o “epicentro” das invasões de terras. O alto índice de criminalidade na região foi o motivo do pedido de apoio da PF.
Quando era ministro do Meio Ambiente, Salles foi atacado no Estado, e a polícia não reagiu. Na ocasião, os carros oficiais do governo foram depredados por militantes do MST e do Partido da Causa Operária.
CPI do MST chegou a procurar Lira
Após o término da sessão da CPI, Salles e Zucco foram conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A ideia era pedir ao Depol — Polícia Legislativa — que fizesse a segurança da comitiva caso a PF não recuasse da decisão.
A comissão chegou, até mesmo, a acionar a Procuradoria-Geral da República contra a superintendência da PF no Estado. Para o presidente da CPI do MST, a ação da PF-BA foi “infeliz”, mas não foi contra a comissão de modo pessoal.
noticia por : R7.com