O senador Ciro Nogueira (PP-PI) faltou ao depoimento nesta quinta-feira (24) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga a origem de recursos usados no bicentenário da Independência, em 2022. O parlamentar alegou motivos de saúde, e ainda não há uma nova data, segundo apurou o R7.
A determinação partiu do corregedor da corte, ministro Benedito Gonçalves, em ações que pedem a inelegibilidade de Bolsonaro — o ex-presidente já foi considerado inelegível pelo TSE. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também prestou depoimento a esta mesma ação na segunda-feira (21).
Em julho, Gonçalves também mandou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), prestar depoimento à ação que investiga o suposto desvio de finalidade das comemorações do bicentenário da Independência, em 2022, que teria sido planejado de modo a impulsionar atos de campanha eleitoral dos então candidatos à Presidência e Vice-Presidência Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto.
O dia 28 está reservado para a oitiva do então ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Carvalho, do assessor-chefe do Presidente da República João Henrique Nascimento de Freitas e do ex-chefe-adjunto do Cerimonial da Presidência Eduardo Maragna Guimarães Lessa.
Em 29 de agosto, poderão ser ouvidos Marcony Vinícius Ferreira, bispo ordinário militar do Brasil, Flávio Botelho Peregrino, coronel do Exército, e Luiz Claudio Macedo Santos, brigadeiro da Aeronáutica.
O ex-deputado federal Daniel Silveira também deve ser ouvido no dia 30 de agosto, porque subiu à tribuna de honra do evento oficial realizado no Rio de Janeiro, no forte de Copacabana. Para o ministro Benedito Gonçalves, é importante saber como o parlamentar teve acesso ao palco montado para o evento cívico-militar e qual era a finalidade de sua presença nesse espaço.
O ministro ordenou ainda que eles apresentem documentação que demonstre a origem dos recursos utilizados para o custeio dos atos de campanha realizados em Brasília e no Rio de Janeiro no 7 de Setembro do ano passado, o que inclui a montagem da estrutura para comícios.
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O ex-ministro da Defesa deve fornecer ainda, no prazo de cinco dias, documentos que esclareçam os valores gastos para a realização dos desfiles cívico-militares nos anos de 2022, 2021, 2020 e 2019 em Brasília, discriminados por rubrica e fornecedor.
De acordo com a decisão, o Governo do Distrito Federal deve apresentar atos administrativos que cuidaram da segurança na área da Esplanada dos Ministérios em 7 de setembro de 2022, bem como o ato que autorizou o ingresso do trio elétrico utilizado pela campanha de Jair Bolsonaro e Braga Netto.
Já a Prefeitura e o Governo Estadual do Rio de Janeiro estão obrigados a apresentar informações do apoio material e organizacional aos atos cívico-militares realizados no mesmo dia.
noticia por : R7.com